Dona das principais listas vips do Brasil, Carol Sampaio abre o jogo para a revista JP

A dona das principais listas vips do Brasil tem uma vida frenética, que, acredite, não é só glamour. Porque, imagina só: ela usa três celulares ao mesmo tempo, dorme às sete da manhã para acordar três horas depois e se vira nos trinta para responder a todas as mensagens que recebe – detalhe: de Ronaldo a Bruna Marquezine, tá? Aliás, Carol está prestes a lançar um camarote com o Fenômeno no Carnaval carioca. Aqui, a festeira mor fala de micos, de ter levado o funk para a zona sul e os segredos de um evento bombado. Vem!

J.P: Carol, qual a frase que você mais ouve?
Carol Sampaio: Qual a boa da semana?

J.P: Já pensou em quanto vale sua lista de contatos?
CS: Nossa! Não! Inclusive, você me deu uma ideia. Vou criar um “seguro mailing”. Não tem gente que coloca de tudo no seguro?

J.P: Como fez para chegar a essa lista tão preciosa?
CS: À base de muita bronca. Comecei com 16 anos e ligava no telefone fixo, na casa das pessoas. Minha mãe ficava louca com a conta!

J.P: E revela para a gente: o que precisa para entrar nessa lista, hein?
CS: No começo um bom mailing era de pessoas consideradas da “alta sociedade”. Hoje, busco pessoas interessantes, aquelas que de alguma forma fazem acontecer, transformam o evento em um momento de alegria.

J.P: E para sair?
CS: Passar do limite na bebida, ser agressivo e coisas do tipo. Agora, graças à internet, isso diminuiu bastante. Não preciso mais ser “babá”.

J.P: Quem faz qualquer evento bombar?
CS: Sophie Charlotte, Bruna Marquezine… Mas também depende do que o cliente quer.

J.P: Um mico?
CS: Uma vez fui como convidada em um evento que estava péssimo e depois de uma semana comentei sobre ele na mesa de jantar na casa de amigos. Adivinha quem estava lá? O dono do evento. Na hora respirei e acreditei na crítica construtiva.

J.P: E dá para evitar aqueles “encontros indesejados” no mesmo evento?
CS: Cara, não tenho isso. Minhas amigas falam que sou do tipo que consegue ser amiga dos ex das melhores amigas. Aviso quem vai e cabe a eles se entenderem.

J.P: E como reagir diante dos “chateados”?
CS: Com sinceridade. Respondo na hora. Peço desculpa, não dou esperança e sigo em frente.

J.P: A presença dos sonhos?
CS: Gisele Bündchen no Baile da Favorita.

J.P: O Baile da Favorita é um sucesso. Surgiu para unir favela e asfalto?
CS: Total. Quando comecei a trabalhar tentava de todo jeito que tocasse funk no Baronneti (casa noturna do Rio) e nunca deixaram. O Baile da Favorita surgiu quando o MC Marcinho fez a música “Favorita” pra mim. Em dois dias aluguei espaço na Rocinha, quando ainda nem tinha UPP, e fiz a festa.

J.P: Funk ou rock?
CS: Sou funqueira assumida e todo mundo sabe disso, mas também gosto de rock, samba, MPB. Não sou uma coisa só.

J.P: Tem a onda da criminalização do funk. O que acha disso?
CS: Absurdo. É um ritmo musical, como qualquer outro. É música que sustenta famílias, pessoas que nascem em favela e tem isso como um sonho.

J.P: WhatsApp ou telefonema?
CS: Ainda gosto de ligar e ouvir a voz da pessoa, mas tem momentos como Carnaval, Rock in Rio, que o Whats me salva.

J.P: Quantas mensagens recebe por dia?
CS: Quando acordo tem mais de 200. Tenho uma meta diária que é zerar o whats antes de dormir.

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