Foi a vergonha e o medo das pessoas que fez com que Cássia Eller ingressasse no mundo da música. “Eu tenho vergonha das pessoas. Eu tenho medo das pessoas, medo de gente. A música foi uma fuga da minha incapacidade de viver socialmente com as pessoas”. Essa e outras revelações estão em “Cássia”, novo documentário de Paulo Henrique Fontenelle, com estreia prevista nos cinemas em janeiro de 2015.
A cantora, que foi eleita a 18ª maior voz da música brasileira pela revista “Rolling Stone”, disse ainda que nunca imaginou fazer tanto sucesso. “É claro que era a coisa que eu mais queria na vida, que meu trabalho chegasse para todo mundo. Mas eu não queria que fosse atochado goela abaixo dos caras, e sim que fosse uma coisa natural.”
Exibido hors concours no Festival do Rio deste ano, o filme ganha sessão para convidados na próxima segunda-feira, às 21h, e para o público às 23h e na próxima quarta-feira, 8 – tudo no Lagoon. A estreia oficial está prevista par a janeiro de 2015.
Depoimentos de familiares, como a companheira Maria Eugênia Martins e o filho Chicão, de amigos como Deborah Dornellas, de jornalistas como Tárik de Souza e artistas como Zélia Duncan, Nando Reis e Oswaldo Montenegro aparecem mesclados às imagens de shows, ensaios, entrevistas e cenas da intimidade de Cássia.
Em um de seus depoimentos, Eugênia diz: “No palco, eu tinha a sensação de que ela recebia um santo, mesmo, era uma coisa doida aquilo ali! Ela se transformava, não era a mesma pessoa”. O documentário foi produzido pela Migdal Filmes e distribuído pela H2O Films.