Um labirinto misterioso foi a imagem que inspirou Maria Grazia Chiuri a criar a coleção de alta-costura de primavera/verão 2017 da Dior – desfile que rolou nessa segunda-feira e marcou a estreia da estilista no couture da marca. “Galliano era um costureiro muito espetacular, e Raf um costureiro muito modernista. Então eu digo, ‘OK, eu quero determinar pra mim o que significa fazer couture.’ Eu acho que é importante manter esta ideia de que é usável, porque em último caso, temos os clientes. Mas, ao mesmo tempo, não quero perder a ideia do sonho”, disse a estilista à imprensa no backstage minutos antes do desfile.
Os desejos da mulher atual são atendidos nesta temporada como cenário de jardim encantado que remete ao imaginário de Christian Dior: “Após as mulheres, as flores são a criação mais divina. Elas são delicadas e encantadoras, mas convém usá-las com cuidado”, disse certa vez o costureiro.
A poesia se materializa com vestidos de noite nas cores malva, azul, rosa e cinza que evocam a mudança das estações. Camadas de tule ora escondem flores, ora destacam estrelas bordadas. O smoking feminino ganha novas interpretações, tornando-se peça-chave de uma feminilidade contemporânea. Já o tailleur Bar é decomposto e recomposto, até virar uma capa. Saias-calças amplas e plissadas garantem a fluidez e o movimento na passarela.
Delicadeza e bossa é representada na passarela por rendas descosturadas e remontadas sobre organza e tules plissados usados em sobreposições. Destaque para os chapéus e máscaras criadas por Stephen Jones que trazem um toque punk ao visual e para os acessórios de Claude Lalanne, que transformou flores, ramos e borboletas em bijoux que pousam sobre o corpo. A beleza da apresentação, iluminada e poética, foi assinada por Peter Philips.
Abaixo, confira os melhores cliques e vídeo do desfile.
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