Diego Montez já deu às caras no SBT, na trama ‘Cúmplices de um Resgate’, e também na Record, na versão brasileira de ‘Rebelde’. Na internet, participou da websérie ‘Garota Errada’, de Manu Gavassi, e tem uma extensa lista de peças teatrais no currículo. Porém, foi aos 26 anos que Diego realizou um sonho: atuar em uma novela da Globo. “Costumo dizer que tudo acontece na hora certa, e não poderia ter sido melhor para mim. Eu vivia tentando fazer testes para entrar em ‘Malhação’ na adolescência. Ao todo, foram uns 12. Fazia o teste, e flopava”, lembra.
Até que o moço foi convocado para interpretar Willian em “Bom Sucesso”, um gay sincerão que dividia apartamento com Gisele (Sheron Menezes) e vivia um romance com Pablo Sanches (Rafael Infante). Caiu no gosto do público. “Sabia que seria um bom personagem. Quando peguei o texto vi o carisma que ele tinha e soube que seria muito legal. Além do texto e direção, existiu uma química muito forte com a Sheron, que me ajudou muito ao longo de toda a trama. Essa parceria mudou tudo”, conta o ator que, assim como seu personagem, é gay na vida real.
O que talvez algumas pessoas não saibam é que Diego é filho da atriz Sônia Lima e do apresentador Wagner Montes. Além de ‘afilhado’ de Silvio Santos. Porém, se engana quem pensa que ter nascido em uma família de artistas facilitou a sua vida. “Quando comecei na TV muita gente não me reconhecia e não sabia de quem eu era filho. Tudo o que conquistei foi através de testes… e eu fiz muitos”, revela ele, atualmente com 27 anos.
Muito presente no teatro musical, agora o ator quer focar nos projetos em cima do palco. Além do musical do ‘Silvio Santos Vem Aí’, que estreia em março e no qual interpretará o próprio pai, Diego é o idealizador da peça ‘Brilha La Luna’, inspirada nas músicas do grupo Rouge. Ele também está à frente da peça ‘Sim, é Sobre Você’. A seguir, conheça melhor Diego Montez.
Glamurama: Quando decidiu que queria ser ator?
Diego Montez: Desde criança. Sempre quis ser roteirista, escrever romances. Minha mãe me incentivava a ler, mas queria que eu tivesse uma segunda opção de profissão, então me colocou em uma escola de teatro. Comecei aos 8 e gostava bastante, mas foi por volta dos 15 anos que um dos meus melhores amigos me levou em uma escola de teatro musical, e aí me apaixonei de vez.
G: Você vem de uma família de artistas. Isso influenciou no seu caminho profissional?
DM: Cresci nesse meio. Minha mãe me levava constantemente às gravações das novelas, então estava sempre rodeado de artistas. Isso fez com que eu conhecesse melhor a profissão, mas não facilitou na hora de conseguir os papeis.
G: ‘Bom Sucesso’ foi sua primeira trama na Globo. Como foi essa estreia?
DM: Costumo dizer que tudo acontece na hora certa, e não poderia ter sido melhor para mim. Vivia tentando fazer testes para entrar em ‘Malhação’ na adolescência. Ao todo, fiz uns 12. Fazia o teste, e flopava… Por muito tempo foi assim. Mas quando passei em ‘Bom Sucesso’ entendi que esse era o momento mais conveniente. Estar nessa trama representando tantas pessoas foi incrível.
G: Você tinha ideia de que o personagem faria tanto sucesso?
DM: Eu sabia que seria um bom personagem. Quando peguei o texto do Willian e vi o carisma que ele tinha, sabia que seria muito legal. Além do texto e direção, existiu uma química muito forte com a Sheron (Menezes), que me ajudou muito ao longo de toda a trama. Essa parceria mudou tudo. O Willian tinha um jeito engraçado de falar, sempre usando memes. Então quando eu saía na rua, encontrava muitos jovens que nunca tinham parado para assistir uma novela direito, e me disseram que agora estavam acompanhando por se identificarem com o personagem.
G: Você estreou em ‘Bom Sucesso’ pouco depois da perda do seu pai. Como foi isso para você?
DM: Acho que, mais uma vez, vou falar sobre o tempo certo. Ele queria demais me ver na Globo, era realmente um objetivo. Ele faleceu uma semana antes de eu descobrir que havia ganhado o papel, mas com certeza ele me abençoou lá de cima.
G: William era gay, com direito a beijo no Rafael Infante no final, e você é assumido na vida real. Seu pai sempre teve aquele jeitão de durão. Como era a relação de vocês?
DM: O meu pai não estava vivo quando o personagem Willian foi ao ar, mas uma coisa que ele sempre prezou muito foi o respeito. Ele me respeitava, me amava, e tínhamos a melhor relação possível. Ele só queria me ver feliz.
G: Acredita que o Willian abriu ainda mais as portas para você?
DM: O Willian alcançou uma boa visibilidade e acredito que esse personagem abriu um espaço maior de conversa com o público. Gosto de ver personagens homossexuais nas novelas, isso faz com que eu, e muitas pessoas, se sintam representadas. E poder fazer parte disso e dar vida ao Willian me deixou muito realizado.
G: Tem algum tipo de personagem que você gostaria de interpretar?
DM: Por incrível que pareça, um mocinho. Venho de um histórico repleto de vilões e vários personagens com viés cômico. Acredito que tenho tendência de levar tudo para o humor, então seria um desafio fazer algo mais dramático.
G: Como é construir sua própria trajetória, sendo filho de quem é?
DM: A melhor coisa do mundo é você poder, de alguma forma, honrar seus pais e a carreira deles. Quando comecei na TV muita gente não me reconhecia e não sabia de quem eu era filho. Tudo o que eu conquistei foi através de testes… e eu fiz muitos.
G: Além disso, você é afilhado de Silvio Santos. Facilitou algo na sua carreira?
DM: Não facilitou. O Silvio Santos é meu padrinho, mas é de consideração. O nosso relacionamento é bastante superficial.
G: Você também tem um canal no Youtube, o ‘Topa Tudo por Diego’. É algo que você pretende levar para frente?
DM: Quero muito levar adiante, mas quando estou gravando ou ensaiando não tenho tempo de pensar em um conteúdo, então o canal acaba ficando de lado. Mas pretendo retomar assim que possível. É algo que adoro fazer.
G: Quais seus próximos projetos?
DM: Vou me dedicar ao teatro agora. Estou no musical ‘Silvio Santos Vem Aí’, em que viverei meu pai, e também sou um dos idealizadores da peça ‘Brilha La Luna’, inspirado nas músicas do grupo Rouge. Recentemente, passamos pelo Rio e, em breve, estrearemos em São Paulo. Além disso, estou produzindo outra peça chamada ‘Sim, é Sobre Você’.