Um dos maiores especialistas em medicina legal do Reino Unido, Richard Shepherd vai publicar em breve um livro no qual aborda um assunto que ainda é tabu por lá: a morte da princesa Diana, no fim de agosto de 1997, em um acidente de trânsito em Paris. Na nova obra, o médico legista argumenta que os ferimentos “quase imperceptíveis” sofridos por Lady Di na ocasião que entrou para a história não deveriam ter lhe custado a vida, e que isso só aconteceu em razão de uma triste e raríssima coincidência de fatores.
Longe de levantar teorias conspiratórias, Shepherd explica que a ex-princesa de Gales teve apenas um rompimento de uma veia específica, que descreve como “no lugar errado” e algo que jamais viu igual em suas décadas de trabalho. “É um exemplo clássico para se usar a expressão “e se”. ‘E se ela tivesse batido no assento da frente em um ângulo diferente, e se ela tivesse sido jogada dentro do carro com um pouquinho menos de violência…'”, escreveu o doutor.
Com mais de 30 anos de experiência na carreira, Shepherd atuou na resolução de vários crimes famosos em seu país que deixaram vítimas fatais, e também foi um dos profissionais independentes contratados para investigar o acidente de quase 22 anos atrás que mudou a família real britânica para sempre e também resultou nas mortes de Dodi Fayed, então namorado de Diana, e do motorista Henri Paul. E ao contrário do que muitos pensam até hoje, ele sempre disse que o fim trágico foi uma fatalidade. (Por Anderson Antunes)