A semana começou cheia de complicações para Mark Zuckerberg, o cofundador e maior acionista do Facebook. Tudo por conta das revelações de que dados de mais de 50 milhões de usuários do site teriam sido compartilhados em 2016 de maneira suspeita com a empresa britânica Cambridge Analytica, que participou ativamente da campanha que levou Donald Trump à Casa Branca, sem a devida autorização deles.
O escândalo estourou no fim de semana, e desde então afeta negativamente a performance do Facebook na bolsa de valores e, por consequência, a própria fortuna pessoal de Zuckerberg: dono de 16% da gigante das redes sociais, ele perdeu mais de US$ 4,9 bilhões (R$ 16,2 bilhões) por causa da desvalorização da ação da empresa no pregão da segunda-feira e outros US$ 3,4 bilhões (R$ 11,2 bilhões) – até agora – nesta terça-feira.
Como se não bastante o mau humor dos investidores, o bilionário de 33 anos acaba de ser convocado por uma comissão formada por membros do Parlamento Britânico para prestar esclarecimentos sobre o suposto vazamento, algo que só acontece no Reino Unido em casos muito graves. Zuck, que costuma se pronunciar rapidamente nessas situações, ainda não fez nenhuma declaração. (Por Anderson Antunes)