J. K. Rowling, que é de longe a escritora mais rica do mundo, poderá voltar a ostentar o título de bilionária logo, logo. E isso graças a Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo, cuja nova ambição é transformar a Amazon Prime Video na maior plataforma de streaming do mundo custe o que custar e de uma vez por todas. É que apesar de ter recebido investimentos de US$ 4,5 bilhões (R$ 17,2 bilhões) no ano passado, o braço da gigante do e-commerce Amazon que compete diretamente com a Netflix ainda patina para ultrapassar esta, que lidera há tempos o cada vez mais concorrido segmento.
Bezos, no entanto, acredita ter uma carta na manga para mudar esse cenário já em 2020, que é a aguardada série baseada na trilogia “O Senhor dos Anéis” pela qual a Amazon Prime Video pagou US$ 250 milhões (R$ 958 milhões) só pelos direitos de exibição e vai desembolsar outros US$ 750 milhões (R$ 2,87 bilhões) para desenvolvê-la em seis temporadas. Como a saga de J. R. R. Tolkien costuma atrair público por qualquer coisa, ele está certo de que a atração tem grandes chances de se tornar “a nova ‘Game of Thrones'”.
E é justamente aí que Rowling entra na história: assim como os fãs de Tolkien, os dela são fissurados por tudo que diz respeito ao personagem mais famoso criado pela britânica, Harry Potter, sem falar que no caso do bruxinho o acervo em questão conta com pelo menos sete livros pra Frodo Bolseiro nenhum colocar defeito. Os representantes da ex-bilionária e Bezos mantiveram várias conversas nas últimas semanas para falar sobre uma possível parceria, e aparentemente estão perto de fechar um acordo de cifras gigantescas.
Rowling, é claro, não cobra barato por seus serviços e muito menos para ceder os direitos de suas criações para quem quer que seja, mas vale quanto pesa e os oitos filmes sobre as aventuras de Potter (o último livro rendeu dois longas) que arrecadaram mais de US$ 7,7 bilhões nas bilheterias internacionais são a prova disso. Para Bezos, isso é um indicativo de que a britânica lhe ajudaria e muito com o objetivo de desbancar a Netflix. Ah, não custa lembrar que ela só deixou de ser bilionária porque doou centenas de milhões de dólares para a caridade, e atualmente mantém cerca de US$ 800 milhões (R$ 3,06 bilhões) na conta. (Por Anderson Antunes)