Que ninguém se engane: o “afastamento da vida pública” recém-anunciado pelo príncipe Andrew nada mais é do que uma demissão dele da “Firma”, que é como os Windsors se referem à Coroa Britânica. Filho favorito da rainha Elizabeth II, o pai das princesas Beatrice e Eugenie foi chamado às pressas na tarde dessa quarta-feira no Palácio de Buckingham, residência oficial da monarca, só para ser informado por ela de que seus serviços não serão mais necessários – e para sempre, ao contrário do “futuro próximo” mencionado pela comunicação oficial da realeza.
Andrew, que teve seu nome envolvido no escândalo Jeffrey Epstein, também vai perder os £ 250 mil (R$ 1,36 milhão) anuais que recebe da Coroa a título de pensão para se manter, e só não será banido das comemorações em família porque sua mãe realmente o adora. Quem continua não sendo muito fã do encrencado príncipe é seu irmão mais velho, Charles, que está há dias trocando telefonemas com a rainha para sugerir o corte de cabeça que busca pelo menos desde 2012.
Charles, que odeia dividir os holofotes, sempre achou que não faz o menor sentido dar para Andrew e suas filhas muitas grandes funções públicas, já que as chances de algum deles herdar a coroa são mínimas. E a entrevista que o ex de Sarah Ferguson deu para a “BBC” no último sábado, e na qual o herdeiro número 3 da rainha falou com a maior frieza e normalidade sobre sua amizade com Epstein – era tudo que o futuro rei precisava para se livrar dele de uma vez por todas. (Por Anderson Antunes)