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Gustavo Paschoalim
Scarlett Johansson // Reprodução Instagram

Enquanto a luta pela representatividade no cinema continua, Scarlett Johansson mais uma vez entrou no fogo cruzado. Em entrevista à revista ‘As If’, a atriz causou ao declarar que o politicamente correto é antitético à arte. “Você sabe que, como atriz, eu deveria poder interpretar qualquer pessoa, qualquer árvore ou qualquer animal, porque esse é o meu trabalho e as exigências do meu trabalho”, disse ela. “Sinto que a representatividade no cinema é uma tendência e isso precisa acontecer por várias razões sociais, mas há momentos em que fica desconfortável quando afeta a arte, porque sinto que a arte deveria estar livre de restrições”.

Charlotte Clymer, uma transgênero que trabalha como secretária de imprensa na Human Rights Campaign, twitou: “Scarlett Johansson é uma mulher branca cis (mulher que se identifica com o gênero que nasceu), sem problemas de oportunidades de trabalho. Pessoas trans devem interpretar pessoas trans. Ponto final. É muito decepcionante que ela não tenha aprendido nada e não se importe com as experiências das pessoas trans. Não vou ver nenhum filme que envolva Scarlett Johansson daqui para frente. Não quero dar meu dinheiro a alguém que banalize a opressão das pessoas trans e que diminui a importância de nossa visibilidade ”.

A roteirista Stephanie Mickus, também se manifestou: “Sim, ScarJo, você deveria poder interpretar uma árvore. Porque não há árvores lutando para conseguir papéis. Mas existem muitos atores LGBTQ+ não binários que adorariam representar esses personagens”.

Mais tarde, Johansson disse ao ‘The Washington Post’ em comunicado por meio de sua assessora de imprensa que seus comentários foram “editados” e “retirados do contexto”. “A pergunta que eu estava respondendo na minha conversa com o artista contemporâneo, David Salle, era sobre o confronto entre correção política e arte. Eu pessoalmente sinto que, em um mundo ideal, qualquer ator deveria ser capaz de interpretar qualquer um e a Arte, em todas as formas, deveria estar imune ao politicamente correto. Esse era o ponto”, disse ela. “Reconheço que existe uma grande discrepância na indústria do cinema que favorece atores caucasianos e cis, e que nem todos os atores tiveram as mesmas oportunidades que eu tive. Continuo apoiando a diversidade em todos os setores e continuarei a lutar por projetosde inclusão”.

 

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