Debora Nascimento sobre a maternidade: “Estou mais forte, selvagem, sangue no olho”

Debora Nascimento || Créditos: Reprodução/ Instagram

Debora Nascimento deu à luz sua primeira filha, Bella, há dois meses. O que mudou na atriz de lá pra cá? “Estou me sentindo mais mulher, mais singular e completa. A gente fica muito perdida com a identidade. Você se vê mãe de uma criaturinha que depende de você, e é parte de você. É essa simbiose. E entra em contato com lugares antes não acessíveis… É uma outra fêmea, um outro sentimento, um lado selvagem que você entra em contato. São camadas diferentes. Não que eu era menos mulher antes, mas eu conheci e passei por uma experiência única e isso me agrega como artista também. Hoje estou muito mais sangue no olho, forte e, de certa forma, selvagem”.

E a moça já voltou a trabalhar. Está em cartaz no cinema com “Além do Homem”, que tem também Fabricio Boliveira e Sergio Guizé no elenco, filmou um trecho que tinha ficado faltando de um outro longa e ainda em 2018 volta às novelas. Sobre “Além do Homem”… “Minha personagem é a representatividade de um Brasil fêmea, dessa natureza. Tive que olhar pra dentro de mim, do meu feminino, do feminino raiz mesmo, de onde vim, descendência indígena, africana e nordestina também forte que tenho na minha família para me conectar com essas deusas, esses orixás… A minha personagem, Betânia, é isso, cheia dessas nuances…Foi um mergulho muito interno e fiquei muito feliz com o resultado. Acho que cumpri meu objetivo comigo mesma, sou muito perfeccionista. A Betânia tem uma coisa convidativa forte, mas tem uma pitada de mistério também. Você fica com um pouco de medo de se entregar… Foi uma delícia”.

Comentamos que a equipe do filme nos disse que ela é muito sensual, mas ao mesmo tempo doce. “Ai, que coisa boa. Não sei, a gente não se olha muito. Mas tinha que trazer essa coisa feminina, de fértil, de fertilidade, sem perder a doçura, para agregar e não ser agressiva”. Em relação à licença-maternidade curta… “Voltei a trabalhar em capsulas, pílulas, mas sempre monitorando a minha filha. Está com uma cuidadora, mas fico com a cabeça lá. Ao mesmo tempo, estou me sentindo muito potente com essa volta, aos pouquinhos. A novela é só no fim do ano… Vou fazer a próxima das sete. A personagem vai ser um desafio enorme pra mim porque é dúbia: nem mocinha, nem vilã… Sabe quando você torce e não torce ao mesmo tempo por alguém? Ela não é uma coisa só”. (por Michelle Licory)

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