De volta às novelas, Bruna Hamú fala sobre como é entrar na reta final de uma trama: “É extremamente desafiador”

A atriz está no ar na pele de Joana, em A Dona do Pedaço / Crédito: Globo

Após dois anos longe das novelas, Bruma Hamú está de volta no elenco de ‘A Dona do Pedaço’, como Joana, a suposta filha de Maria da Paz. Em evento da Le Lis Blanc, atriz falou com Glamurama sobre a sua personagem e os desafios de entrar em uma trama quase na reta final. “É muito desafiador, principalmente porque eu estava afastada, então bate aquela insegurança. Os atores já estavam entrosados e, no início, não sabia com quem iria contracenar, mas tudo aconteceu da melhor forma possível”, conta.

Aos 29 anos, ela descobriu que seria mãe durante a novela ‘A Lei do Amor’. “O que eu mais pensava era: ‘agora acabou a minha vida, justamente quando cheguei aonde queria’. E nessa hora, acho que não conseguimos enxergar direito as situações, parece simplesmente que o mundo desabou”, revela sobre a situação. Hoje, Bruna é mãe de Júlio, fruto de seu relacionamento com Diego, dono do restaurante Aragon. “Amadureci muito com o Júlio e esses dois anos, assistindo a cada evolução dele, foi incrível”. A seguir, confira a nossa conversa com ela.

Glamurama: Como que é estar em mais uma novela no horário nobre?
Bruna Hamú: É uma honra estar em ‘A Dona do Pedaço’, uma novela do Walcyr Carrasco, principalmente contracenando com a Juliana Paes. Eu diria que é uma escola, aprendo todos os dias e estou doando tudo o que eu tenho para a personagem.

G: E você acredita que a Joana é mesmo filha da Maria da Paz?
BH: Eu acho que essa questão vai se desenvolver ainda mais para o final da novela. Mas não se sabe, a Joana é uma suposta filha até o momento. Claro que ela e a Maria da Paz possuem uma ligação, mas ninguém ainda sabe o que é de fato.

G: Você gostaria que a personagem tivesse um desfecho surpreendente ou que realmente fosse filha da Maria da Paz?
BH: Eu torço para que ela seja filha da Maria da Paz sim, com certeza. A Joana é uma menina batalhadora, que corre atrás e tudo o que ela faz é para cuidar da avó. Eu acredito que ela tem a garra que a Maria da Paz tem, essa força de não abaixar a recomeçar.

G: O que você faria se estivesse no lugar da Joana?
BH: É muito difícil saber como eu reagiria. A Joana está nessa situação, e ela nunca teve um contato muito próximo com os pais. Ela foi criada pela avó, diferente de mim. Mas acho que eu tomaria atitudes como as da personagem mesmo. Ela e a Maria da Paz tiveram uma ligação muito forte, muito legal e isso é raro.

G: Qual é a relação que você tem com a personagem?
BH: Essa vontade de recomeçar, de lutar. A vida não é fácil e muitas vezes passamos por dificuldades pra conseguir alguma coisa. Acho que é isso. Correr atrás, perseverar, isso faz parte da minha personalidade, além da empatia. Ninguém nasce com empatia, ninguém nasce querendo se doar para o outro. Nós escolhemos fazer isso todos os dias, aos poucos. É como se fosse um exercício diário.

G: Como que foi ficar dois anos afastada do trabalho para se dedicar à maternidade?
BH: Não foi nada planejado, só foi acontecendo. E foi uma escolha minha me dedicar à maternidade. Com o passar do tempo, se tornou mais difícil se desapegar, mas eu já tinha a ideia de que, em algum momento, voltaria a atuar.

G: Foi fundamental?
BH: Para mim, como mãe, foi. Mas isso é uma decisão muito pessoal. Eu amadureci muito com o Júlio e esses dois anos, assistindo a cada evolução dele, foi incrível. Nessa fase, eles se desenvolvem muito rápido, então de um dia para o outro você pode perder alguma coisa.

G: E como é ser uma mãe jovem?
BH: Eu fiquei grávida no susto. Estava no meio de ‘A Lei do Amor’ e eu engravidei, então quando eu recebi a notícia fiquei sem reação. O que eu mais pensava era: “agora acabou a minha vida, justamente quando cheguei aonde queria”. E nessa hora, acho que não conseguimos enxergar direito as situações, parece simplesmente que o mundo desabou. Mas hoje eu consigo olhar para trás e ver como foi importante para a minha trajetória pessoal.

G: O Diego, seu marido, não trabalha na mesma profissão. É difícil pra ele entender a sua escolha de ser atriz?
BH: O Diego é a pessoa que mais me apoia. Ele sempre falou que eu deveria voltar a trabalhar, me motivou. Em vários momentos, eu me questionei se essa profissão era pra mim, se deveria voltar, e ele a todo o momento do meu lado. Então surgiu esse trabalho e eu peguei. Entendi que era o momento.

G: Você entrou na reta final de uma trama de grande sucesso. Como foi?
BH: É extremamente desafiador, principalmente porque eu estava afastada, então bate aquela insegurança. Os atores já estavam entrosados e, no início, eu não sabia com quem eu iria contracenar, mas tudo aconteceu da melhor forma possível. A Juliana Paes é maravilhosa e me acolheu de uma forma impressionante. Essa troca fez toda a diferença no trabalho. (por Jaquelini Cornachioni)

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