De volta à TV, Luiza Brunet supera trauma de atuar e se critica em ‘Anjo Mau’

Luiza Brunet: no lançamento da série e em fotos de cenas

Luiza Brunet é uma das estrelas de “Correio Feminino”, série que estreia dia 27 dentro do “Fantástico”, com direção de Luiz Fernando Carvalho. A história é baseada em textos que Clarice Lispector escreveu para uma coluna para mulheres dentro de um jornal nas décadas de 50 e 60, sob o pseudônimo de Helen Palmer. A estética é a dos anúncios de revista da época – grafismos, blocos de cor e maquiagem e figurino bem marcados – e a linguagem, de cinema mudo, com cartelas indicando os diálogos. Glamurama viu o episódio número 1 em primeira mão, no lançamento do atração, essa terça-feira no Jardim Botânico do Rio.

Em algumas cenas, Luiza aparece bem exposta em closes, evidenciando as rugas, além de outros dilemas da maduridade. Por que será que, depois de tantos anos sem trabalhar como atriz, ela decidiu aceitar esse convite, hein? “Envelhecer não é fácil, mas tinha que mostrar a ruga, o papo, a dobrinha debaixo do braço. Não tive problemas quanto a isso. Me senti autoconfiante para me despir da beleza. As experiências que tive como atriz não foram legais por eu não ter estudado o suficiente. Mas o Luiz Fernando me convidou de uma forma tão verdadeira que me senti capaz de fazer.”

* “Anjo Mau”, novela que tem Luiza no elenco, está reprisando no canal a cabo Viva. . “Fui bem criticada por esse personagem. Qualquer crítica incomoda… Você sempre acha que está ótima, e aí fica sabendo que não está. Realmente não fiz com empenho, paixão e segurança. Foi doloroso pra mim, então parei de atuar, a não ser pequenas participações como eu mesma. Depois de gravar essa série, posso dizer que superei isso. E com certeza estou aberta a novos desafios como atriz, inclusive em uma novela. A partir de agora vislumbro essa possibilidade, se for um diretor com o mesmo capricho dele. Esperei 50 anos para fazer meu primeiro trabalho de verdade como atriz. Me identifiquei com esse papel. Me separei aos 47  e me vi sozinha com um adolescente e uma filha morando fora. E redescobri o amor, o que é muito difícil nesta idade porque a gente fica exigente. Isso foi mais um desbloqueio. ‘Seja feliz ou pelo menos tente’: é essa minha conversa com essa série, e com a vida.” (por Michelle Licory)

 

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