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Maestro João Carlos Martins || Divulgação
Maestro João Carlos Martins || Divulgação

Recém-chegado de uma apresentação em Ilha Solteira, São Paulo, para um público que correspondia a mais ou menos 20% da população da cidade, a agenda do maestro João Carlos Martins está longe de ter uma pausa. No auge de seus 79 anos, ele agora se prepara para uma série de shows com convidados mais do que especiais, misturando o que existe de melhor da música clássica com os ritmos que o brasileiro mais gosta: “Esses encontros democratizam e aproximam a música clássica, além de fazer com que os admiradores respeitem os outros gêneros. É uma maneira de descontrair o público, que sempre canta junto e interage muito bem. O grande segredo é manter a tradição e aceitar a inovação”, explica o músico em entrevista ao Glamurama.

E têm concertos chegando em São Paulo. No dia 10 de agosto, ele sobe ao palco da Sala São Paulo, no centro da cidade, para reger a Bachiana Filarmônica SESI – SP, em um show gratuito. Já em 18 de agosto, a emoção fica por conta da apresentação ao lado de Chitãozinho e Xororó, no Allianz Parque, seguido do espetáculo “De Bach a Tim Maia”, em parceria com Tiago Abravanel, no Teatro Santander, no dia 20. “A primeira parte focamos na música clássica e em seguida meus convidados sobem ao palco para interpretar grandes sucessos da música brasileira”, conta o maestro. E não para por aí : “Vamos fazer uma apresentação com Maria Bethânia no show ‘Beethoven a Bethânia’. Além disso, estarei em Brumadinho (MG) tocando com a banda do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar da cidade ainda este ano”, destaca.

Em paralelo, João Carlos Martins viaja com o concerto “João Carlos e o Cinema In Concert”, em que interpreta 16 das trilhas mais famosas do cinema. Além disso, está a frente dos projetos “Orquestrando Brasil” e “Orquestrando São Paulo” em que descobre talentos em potencial país afora. Tá bom?

A paixão pela música é o que move o maestro e o que mais o ajuda a reger uma orquestra, mesmo após passar por 24 cirurgias devido a uma deficiência nas mãos que já o afastou da carreira de pianista. “Quando você tem um objetivo, nada te impede. É uma força interior e superior que te ajuda a continuar.” Para ele, a conexão entre músico e público durante uma apresentação é essencial. “O que me inspira na música é transmitir emoção para o público e para os músicos. Com eles, formamos um conjunto de emoções distintas, uma única alma. A ideia é se envolver de tal maneira que nem uma abelha passando atrapalhe essa conexão (risos).

E um dos maiores artistas do país, não poderia deixar de falar do momento em que o investimento em atividades culturais é muito questionado, inclusive por governantes. “Posso dizer que a cultura, o esporte e a ciência são os três maiores processos de exportação da alma do nosso país. É preciso trabalhar em infraestrutura para lapidar os diamantes que representam o Brasil”, reflete. Minha meta como músico é tentar deixar um legado com meu trabalho.” Alguém tem dúvida disso? (por Luzara Pinho)

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