Criador do smartphone mais famoso do mundo, Steve Jobs nem sequer tinha número de telefone na época em que largou os estudos na tradicional faculdade de artes americana Reed College. E isto está provado em um currículo que o cofundador da Apple preencheu em 1973, quando tinha 18 anos, e que foi leiloado na semana passada por – acredite! – US$ 174.757 (R$ 575,3 mil). O valioso pedaço de papel foi preenchido por Jobs quando ele ainda era calouro do Reed College, que fica na cidade americana de Portland, e estava em busca de um dos trabalhos anunciados em um banco de vagas da instituição.
No campo telefone o “pai do iPhone” escreveu simplesmente “nenhum”, e onde deveria descrever suas habilidades especiais colocou apenas “engenharia eletrônica e design na Baía perto da Heweeit-Packard (sic)”, assim mesmo, com o nome da gigante da tecnologia Hewlett-Packard escrito errado, e em referência à Baía de San Francisco, onde fica a sede da empresa e, desde 1976, da própria Apple. Ele só deixou em branco a seção “posição desejada”.
Responsável pela venda, a casa de leilões americana RR Auction, especializada em documentos e manuscritos raros assinados por pessoas famosas, não revelou o nome do responsável pelo lance vencedor. Outros itens atribuídos a Jobs também foram vendidos no mesmo lote do currículo, como um manual técnico do Mac OS X assinado pelo bilionário em 2011 (e vendido por US$ 41.806/R$ 137,6 mil) e um recorte de jornal sobre o lançamento do iPhone, autografado, que encontrou um novo dono por US$ 26.950 (R$ 88,7 mil).
Reza a lenda que Jobs raramente assinava ou rubricava documentos, por uma questão de superstição. A propósito, o visionário não conseguiu o emprego que almejava, até porque logo depois que disse adeus ao Reed College embarcou em uma viagem pela Índia para estudar o zen budismo que afirmou até o fim da vida ter sido uma das melhores experiências que teve e, acima de tudo, fundamental para preparar o terreno para o que estava por vir em seu destino. (Por Anderson Antunes)
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