Com tempo de sobra para fazer de tudo por causa da quarentena, e inspirado no ditado “Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé”, o britânico John Griffin, que sempre sonhou em chegar ao topo do Everest, resolveu juntar as duas coisas aos 30 degraus da escada de sua casa de três andares em Shoreham-on-Sea, no sul da Inglaterra, para “brincar” de escalar a montanha mais alta da Terra. E, de quebra, ainda orquestrou uma boa ação a partir disso.
Glamurama explica: é que Griffin está cumprindo isolamento social na residência enquanto sua mulher, que é médica, trabalha sem parar em uma hospital da cidade na luta contra o novo coronavírus. E, sem muitas opções para passar o tempo, a solução que ele encontrou foi subir e descer degraus durante o mínimo de seis horas e meia por dia enquanto se imaginava escalando o Everest.
Aconselhado pela filha, Griffin começou a transmitir a aventura de mentirinha pela internet, com direito a roupa de alpinista e tudo mais. Em pouco tempo, vários internautas passaram a acompanhá-lo em sua empreitada, o que o levou a ter a ideia de criar uma campanha virtual em prol de um banco de alimentos de Shoreham-on-Sea que até agora arrecadou quase £ 2 mil (R$ 13,1 mil).
Em seu quarto dia de escalada, Griffin, de 53 anos, já havia subido e descido freneticamente 40.846 degraus equivalentes a 8.850 metros de altura – aproximadamente a mesma do Everest. “Além de ter encontrado algo para me distrair e ajudar os mais necessitados, também fiquei sem acompanhar o noticiário, o que foi importante para minha saúde mental”, contou o ‘aventureiro’ em entrevista para a “CNN”. (Por Anderson Antunes)