Conheça de perto Dona Déa, a mãe desbocada de Paulo Gustavo: “Mando desde a hora que acordo”

Paulo Gustavo e Dona Déa // Divulgação

Paulo Gustavo? Que nada! Nessa família quem faz sucesso é Déa Lúcia Vieira Amaral, mãe do comediante, que o inspira na criação de personagens como Dona Hermínia, a mãe que vive surtada com as peripécias dos filhos e que gerou de peça de teatro a filme. Dona Déa tem um bom humor irreversível e é de uma autenticidade única – que anda difícil de ver por aí.

J.P: Quem dá a última palavra em casa?
DONA DÉA: Eu, até por isso não tenho nem marido. Mando desde a hora que acordo. Sou eu, eu e eu…

J.P: O que não sai da sua cabeça?
DD: Meus filhos. Tenho medo dessa violência toda. Quando telefono, eles têm de me atender, senão entro em paranoia!

J.P: Quando o Paulo Gustavo te tira do sério?
DD: Então, não é só o Paulo Gustavo, é filho que tira a mãe do sério, todas as horas. Até morrer o filho tira a mãe do sério.

J.P: Ter filho homossexual é…
DD: Filho é filho, homossexual ou heterossexual é filho, tá? A mesma coisa!

J.P: Como reage quando vê algum caso de homofobia?
DD: É um abuso muito grande, logo na minha frente. Baixa a Dona Hermínia e meto a mão na cara.

J.P: O que uma mulher faz que um homem não faz?
DD: Parirrrr! Jamais um homem vai ter a capacidade de colocar um ser no mundo.

J.P: Mania?
DD: A personagem da Dona Hermínia foi inspirada em mim porque eu acordo, ponho rolo no meu cabelo que é para eu sair. E, se for sair de manhã, já durmo com o cabelo enrolado.

J.P: Vício?
DD: Comida. Infelizmente, eu amo comer.

J.P: Comida que faz quebrar a dieta?
DD: Pão de sal quentinho.

J.P: O que te faz rir?
DD: A política. Dou gargalhada da hora que acordo até dormir com tudo o que assisto.

J.P: Um momento obsceno?
DD: A corrupção é obscena.

J.P: E um momento de mau humor?
DD: Não existe isso na minha vida. Agradeço a vida, brigo pelo que quero e acredito, mas mau humor jamais.

J.P: O mundo está chato?
DD: De jeito nenhum, o mundo é maravilhoso. Chatas são algumas pessoas que já acordam com aquele mau humor, enchendo o saco das outras.

J.P: Um talento que ninguém conhece?
DD: Sou ótima para fazer mudança. Meus filhos quando vão mudar me dão dinheiro, entro em cena e, quando eles voltam, está tudo arrumado.

J.P: Gostaria de ser atriz também?
DD: Não, não nasci pra isso e não tenho a menor pretensão. Vou fazer esses shows com o Paulo Gustavo e não vou fazer mais nada.

J.P: Como tem sido participar do show ‘Filho da Mãe’?
DD: Estou tensa. Durante 30 anos fui crooner de uma banda de festas com mais dois amigos. Depois de 15 anos parada, Paulo decidiu me fazer essa homenagem e carregar uma plateia de 3 mil pessoas me deixa nervosa.

J.P: Com qual galã da TV queria fazer um par romântico?
DD: Nunca tive a pretensão de fazer um par romântico.

J.P: Se pudesse mudar alguma coisa em você o que seria?
DD: Não sou perfeita, mas não quero mudar nada não. Tudo deu tão certo na minha vida, sou alegre, brincalhona, brigona, tenho um monte de amigo, rezo, tenho grupo de oração com velhinhas de 72 anos, nós fazemos história da arte…

J.P: Uma frase?
DD: “Não faças a ninguém o que não queres que te faça.”

J.P: Como gostaria de morrer?
DD: Me diz, alguém gostaria de morrer? (por Fernanda Grilo)

Sair da versão mobile