A maconha já pode ser chamada de commodity nos Estados Unidos, e como tal está fazendo fortuna para muita gente no país. E uma dessas histórias de sucesso é a de Christine Meeusen, uma ativista e empresária da Califórnia que adotou o pseudônimo “Sister Kate” durante o movimento “Occupy” de 2010, quando participou de manifestações contra o poderio de Wall Street e a favor da legalização do uso medicinal e recreativo da erva em todos os estados dos EUA.
Foi num desses outings que Meeusen conheceu Darcy Johnson, que também foi às ruas pelo mesmo motivo e, ironia das ironias, se tornou sócia dela na bem-sucedida Sisters of the Valley (ou Irmãs do Vale), uma fazenda californiana especializada no cultivo de maconha que aos poucos está se transformando em uma potência do cada vez mais concorrido mercado de cannabidiol (CBD), que de acordo com especialistas deverá movimentar perto de US$ 16 bilhões em 2025..
A substância é uma das 113 presentes na composição da cannabis sativa, e serve principalmente como matéria-prima para a produção de uma gama de produtos a base de maconha que vai muito além de um simples baseado e que já atraiu até a atenção da Anheuser-Busch InBev: no ano passado, a gigante das cervejas controlada pelo brasileiro Jorge Paulo Lemann anunciou que em breve lançará uma bebida com CBD em sua receita em parceria com a canadense Tilray, a maior fabricante de maconha do mundo.
Voltando ao empreendimento de Meeusen e Johnson (que atende por “Sister Darcy”), que foi inaugurado em 2015, as receitas no primeiro ano foram de US$ 60 mil (R$ 235,3 mil) e logo saltaram para US$ 1,1 milhão (R$ 4,3 milhões) em 2017, um claro sinal de que as duas estão no caminho certo. A propósito, a Sisters of the Valley foi batizada com nome de convento porque suas donas e funcionários todos vivem em clausura e se dedicam em tempo integral ao negócio. Que tal? (Por Anderson Antunes)