Segundo homem mais rico do mundo (depois de Jeff Bezos) e hoje em dia mais filantropo do que empresário, Bill Gates anunciou nessa terça-feira que pretende utilizar todos os recursos de sua fundação na contenção do novo coronavírus. Em entrevista ao “Financial Times”, o cofundador da Microsoft disse que a entidade que há anos investe pesado na luta contra a malária e o HIV e leva o seu nome e o de sua mulher, a Bill & Melinda Gates Foundation, poderá ter uma vacina pronta contra a doença em até doze meses.
Gates, que logo no começo da pandemia doou US$ 250 milhões (R$ 1,37 bilhão) para as pesquisas pela cura da Covid-19, também descreveu um cenário tenebroso causado pela doença que já fez mais de 200 mil vítimas fatais no mundo. “Vamos ver muitos países, durante muitos anos, reduzindo drasticamente seus níveis de atividade econômica”, previu. “O prejuízo final será de dezenas de trilhões de dólares”, ele completou.
Fundada em 2000, a Bill & Melinda Gates Foundation tem em caixa quase US$ 50 bilhões (R$ 274,6 bilhões) para investir nas causas que defende, em geral ligadas à redução da pobreza no mundo e erradicação de doenças, o que costuma fazer em parcerias com governos. A propósito, Gates também falou no bate papo com o pessoal do “Times” que não acredita que o presidente Donald Trump irá adiante com a ameçada de retirar os Estados Unidos da OMS (a Organização Mundial de Saúde). “Trata-se de uma organização muito importante que no momento merece até atenção extra”, o bilionário alertou. (Por Anderson Antunes)