Com a morte de Liliane Bettencourt nesta quinta-feira, quem assume o posto de mulher mais rica do mundo é Alice Walton, a única filha de Sam Walton, o fundador do Wal-Mart, e uma das herdeiras da gigante varejista. A fortuna de Alice, que já foi a número um entre as mulheres bilionárias até ser ultrapassada pela dona da L’Oréal há alguns anos, é de US$ 38,4 bilhões (R$ 120,8 bilhões), e ela investe parte do dinheiro em obras de arte e inclusive bancou sozinha a construção de um dos maiores museus privados dos Estados Unidos, o Crystal Bridges Museum de Bentonville, no Arkansas, que custou mais de US$ 1,2 bilhão (R$ 3,8 bilhões) e abriga a coleção dela.
Aos 67 anos, Alice se casou e se divorciou duas vezes: aos 24 anos, com um banqueiro de Lousiana, mas a união durou só dois anos e meio. Pouco tempo depois ela trocou alianças com o engenheiro que supervisionou a construção da piscina da casa dela em Bentonville, mas os dois ficaram juntos apenas alguns meses.
Reclusa, ela não tem filhos, vive em uma casa com poucos empregados e raramente se envolve nos negócios da família. Os irmãos dela – Jim e Sam Robson, ambos bilionários – são mais atuantes.
É possível que Françoise Bettencourt Meyers, a única filha de Liliane, entre na lista das mulheres mais ricas nos próximos dias, afinal tudo indica que ela é a única herdeira de sua mãe. Mas impostos sucessórios, salários de advogados e outros custos de transferência de bens, sem falar nos milhões (ou bilhões) que a bilionária mais polêmica da França pode ter deixado para a caridade, deverão deixar ela algumas posições abaixo de Alice, cuja concorrente mais próxima agora é a italiana Maria Franca Fissolo, herdeira da Nutella, e dona de US$ 30,7 bilhões (R$ 96,5 bilhões). (Por Anderson Antunes)