As turmas do cinema e das artes baixaram em peso na pré-estreia de “Boa Sorte”, primeiro longa de Carolina Jabor, nessa terça-feira no Cinemark do Shopping Iguatemi. Ao lado dos protagonistas Deborah Secco e João Pedro Zappa, além dos roteiristas Jorge e Pedro Furtado, a cineasta foi prestigiada por nomes como Cao Hamburguer, Candé Salles, Marina Person e Michele Matalon.
Um dos primeiros a chegar para a exibição foi o pai de Carol, o também diretor de cinema e jornalista Arnaldo Jabor. “Esse é o melhor filme do mundo!”, dizia ele a quem perguntasse. Ao Glamurama, brincou: “Só vi quando estava pronto e pensei: ‘se ela não tiver talento, não vou deixar entrar nessa de cineasta, não’. Mas ela sempre teve, e muito.” Lembrando que Carolina já dirigiu o documentário “O Mistério do Samba”, de 2008, e é uma das sócias da Conspiração Filmes.
Para Jorge Furtado, que ao lado do filho Pedro adaptou o conto “Frontal com Fanta” para escrever o roteiro do filme, a escolha do elenco e a direção de Carolina foram os responsáveis por criar “uma das grandes histórias de amor do cinema dos últimos anos”. “Com eles criamos um filme sensível, que fala com as mulheres e com os jovens de uma forma única. Fala de amor e de entrega.”
Para Deborah Secco, que emagreceu 14 quilos para interpretar a soropositiva Judite no filme, seus valores de vida mudaram quando aceitou fazer parte da história. “Quando percebemos a finitude da vida, começamos a querer estar perto de quem realmente importa, nossos amigos e família”, disse. No filme, ela interpreta uma mulher de 30 anos que é portadora do vírus HIV. Internada em uma clínica de reabilitação, conhece João (João Pedro), um jovem tímido e bem mais novo, que está ali por sofrer distúrbios de comportamento. “Eles se entregam nesse romance e a vida de João muda completamente. Ele passa a se enxergar por meio do amor”, diz o roteirista, seguido de Carolina: “É uma história de amor eterna.”
No elenco estão ainda Fernanda Montenegro, Cassia Kiss Magro, Mariana Lima, Felipe Camargo e Giselle Fróes. Exibido no Festival de Cinema de Paulínia, em julho, recebeu os prêmios de melhor filme (júri popular) e direção de arte.