A francesa Françoise Bettencourt-Meyers se tornou oficialmente a mulher mais rica do mundo nessa semana, com uma fortuna estimada em US$ 50,6 bilhões (R$ 191,3 bilhões). Detentora anterior do título, a americana Alice Walton (da família que controla a gigante varejista Walmart), agora é a segunda mais rica, com estimados US$ 45,4 bilhões (R$ 171,6 bilhões) na conta. Bettencourt-Meyers, de 65 anos, é a única filha de Liliane Bettencourt, que morreu em setembro de 2017, aos 94, depois de anos lutando contra o mal de Parkinson e a demência.
Eugène Schueller, o pai da nonagenária, foi o fundador da L’Oréal. Na época de sua morte, ela possuía cerca de 33% do capital da empresa – a participação agora pertence a Bettencourt-Meyers, que também herdou da mãe uma fatia minoritária na Nestlé, além de joias, obras de arte, imóveis em vários continentes, ouro e pedras preciosas muito bem guardados em cofres secretos espalhados pela Europa e perto de US$ 5 bilhões (R$ 18,9 bilhões) em ativos líquidos, resultantes dos altos dividendos pagos pela líder mundial em cosméticos ao longo dos anos.
Com as contas em dia e crescendo fortemente mesmo apesar de já dominar praticamente todos os grandes mercados do mundo, a L’Oréal viu sua ação negociada na Bourse de Paris saltar 17% nos últimos doze meses, o que representou um ganhou pessoal de US$ 7,1 bilhões (R$ 26,8 bilhões) para Bettencourt-Meyers no período e a permitiu tomar o lugar de Walton nas listas das pessoas mais ricas do planeta. Apesar de tanta grana, a bilionária passa a maior parte do tempo se dedicando aos estudos sobre a Grécia antiga e sobre a Bíblia, suas paixões, e inclusive já escreveu dois livros a respeito dos temas. (Por Anderson Antunes)