Entrevista com Zeca Pagodinho: ” Os tempos de hoje não são mais para a boemia”. Vem!

Zeca Pagodinho || Créditos: Divulgação

Seu nome de batismo é Jessé Gomes da Silva Filho, mas o grande público o conhece como Zeca Pagodinho, o artista consagrado que alcançou o sucesso sem perder suas origens. É o Zeca do subúrbio, de Xerém, dos amigos, do palco e das canções que todo brasileiro sabe um refrão. Essa história de um homem que se apaixonou pelo samba ainda criança e desde então vive um caso de amor com a música esteve em cartaz no Theatro Net Rio, no Rio de Janeiro. Trata-se do musical “Zeca Pagodinho – Uma história de amor ao samba”. Com tanta coisa para contar, fomos atras de Zeca para uma entrevista exclusiva. Continue lendo e deixa a vida nos levar…  (por Paula Barros)

Glamurama – Como surgiu a ideia de ter sua vida retratada em um musical?
Zeca Pagodinho – A ideia deste musical veio através da Victoria Dannemann. Foi ela quem pensou no nome do Gustavo Gasparani para dirigir. E eu de cara gostei do texto que ele me apresentou na época.

Glamurama – Você participou do processo de produção e aprovação do roteiro?
Zeca Pagodinho – Deixei tudo nas mãos de quem sabe (risos). Eu sei fazer samba. Confio nas pessoas que estão à frente do musical.

Glamurama – Gostou do resultado?
Zeca Pagodinho – O musical é a minha cara. Sou uma pessoa normal, que gosta de curtir uma cervejinha, os amigos, a família. Sou aquilo mesmo, um homem da rua.

Glamurama- Como é assistir sua historia como telespectador no teatro?
Zeca Pagodinho – É muito bacana. Gustavo me imitou direitinho, até o meu jeito de andar ele faz. Fiquei bonito no palco. Quando vou, subo junto e canto ‘Deixa a Vida me Levar’ e ‘Vai Vadiar’ no final

Glamurama – Sua família já viu? Quais os comentários?
Zeca Pagodinho – Estão todos muito felizes com a homenagem. Minha neta gostou de ver Xerém retratada.

Glamurama – Qual seu maior prazer de vida atualmente?
Zeca Pagodinho – Os tempos de hoje não são mais para a boemia, está tudo muito mudado. A cidade [Rio] está muito violenta. Agora a minha diversão acaba às sete da noite. Fico com minha família e me divirto mesmo assim.

Glamurama – Como é para você receber uma homenagem como esta?
Zeca Pagodinho – É muito bacana receber uma homenagem, né? Poder ver um pouco da vida da gente desta forma. Eu estou muito feliz.

Glamurama – Quando soube do espetáculo, teve alguma coisa que você gostaria que estivesse retratada na obra?
Zeca Pagodinho – Fiz questão que tivesse um personagem do meu caseiro Baixinho. Ele foi marcante na vida da nossa família.

Glamurama – Você é nostálgico? Sente falta de algo do passado?
Zeca Pagodinho – Eu sinto falta de poder subir os morros, dos sambas das favelas…

Glamurama – Como você classifica essa nova geração de músicos?
Zeca Pagodinho – A rapaziada tem feito muita coisa boa e só o fato de produzir música já é bacana.

Glamurama – Quais artistas estão na sua playlist diária?
Zeca Pagodinho – Jackson do Pandeiro , ganhei uma coleção nova dele que ouço todos os dias.

 

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