Com ação em queda livre, Meta pode começar a demitir funcionários

Divulgação/Meta

Com a ação em queda livre nos últimos seis meses, o Meta Platforms, Inc. possivelmente vai começar a demitir uma parte razoável de seus quase 72 mil funcionários ao redor do mundo logo, logo. Não necessariamente por estar em crise, que nesse caso teria sido causada pela queda de mais de 40% em seu valor de mercado na bolsa eletrônica Nasdaq ao longo do período, mas especificamente porque pode lucrar com um corte em sua folha de pagamentos – e redução de gastos é algo que Mark Zuckerberg, cofundador, maior acionista e CEO da companhia, adora.

É que muitos desses quase 72 mil funcionários contratados pela holding que é dona do Facebook e do Instagram desde outubro assinaram contratos de trabalho que incluíam o recebimento de um número de ações em caso de demissão, e portanto agora ficou “mais barato” mandar um “You’re fired!” pra eles.

Glamurama explica: no caso de um analista de software, por exemplo, que entrou no Meta com a promessa de receber US$ 100 mil (R$ 494,3 mil) em ações do gigante das redes sociais caso fosse demitido lá atrás, o mesmo pode ser mandado embora agora por uns US$ 57 mil (R$ 281,7 mil), considerando a queda de seu papel.

E, apesar de não ser um dos queridinhos dos investidores no momento, é importante deixar claro mais uma vez que o Meta ainda está muito longe de uma muito questionável falência. Suas receitas no ano passado somaram quase US$ 118 bilhões (R$ 583,3 bilhões), seu lucro líquido beirou os US$ 40 bilhões (R$ 197,7 bilhões) e seus disponíveis em caixa e equivalentes de caixa (dinheiro vivo, pra resumir) no momento gira em torno de US$ 54 bilhões (R$ 266,9 bilhões).

Mas lucro é lucro, e grandes companhias não perdem a oportunidade de realizá-lo. Tanto que, dizem, o clima na sede do Meta em Palo Alto, na Califórnia, é péssimo, com muitos já prevendo suas demissões.

Em tempo: maior acionista do Meta, Zuck viu sua fortuna cair dos US$ 134,5 bilhões (R$ 665,9 bilhões) que tinha em outubro de 2021 para os atuais US$ 75,7 bilhões (R$ 374,8 bilhões). O brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Face e também um dos maiores acionistas individuais do Meta, também sentiu no bolso: dos US$ 14,6 bilhões (R$ 72,3 bilhões) que tinha há seis meses, “sobraram” apenas US$ 11,9 bilhões (R$ 58,9 bilhões), e sua queda para a segunda posição entre os mais ricos do Brasil, agora atrás de Jorge Paulo Lemann.

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