Conhecidos por, muitas vezes, possuírem um estilo extravagante fora de campo, os jogadores da seleção brasileira têm desfilado na Rússia um visual bem mais clássico e elegante. O responsável pela mudança foi o estilista Ricardo Almeida, que criou a alfaiataria exclusiva, e sob medida, para o elenco, seguindo o que fazem outras seleções – a Alemanha, por exemplo, veste Hugo Boss, a Itália usa costumes da Dolce & Gabbana, enquanto Inglaterra, Polônia e Japão têm parcerias com grandes lojas de departamentos. A ideia da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) foi resgatar a época de ouro de Didi, Vavá, Pelé e Garrincha, quando os atletas se apresentavam com terno antes de viagens internacionais.
Com os comandados de Tite, o ponto de partida foi a modelagem, que ganhou atenção especial do estilista. “Quis valorizar o corpo atlético, evidenciando o shape que cada jogador tem de melhor”, explica Ricardo Almeida. No caso, a calça e o blazer respeitam o porte físico dos craques sem perder a estética da assinatura da grife e valorizando os corpos atléticos. “Os jogadores não perdem a própria personalidade e a essência do universo esportivo ao usar uma alfaiataria. Quisemos desde o início respeitar essa premissa, uma vez que eu sempre valorizo, no meu dia a dia, a identidade e estilo de vida do cliente”, ressalta.
Almeida atendeu pessoalmente cada integrante da seleção para a tomada de medidas (foto ao lado) e o desenvolvimento dos moldes. O costume foi produzido em 100% lã fria, uma combinação de azul royal e preto, que revela um novo tom de azul-marinho com efeito changeant (muda sutilmente a cor conforme a incidência de luz). “Foi uma forma de levar um toque diferenciado e moderno para a alfaiataria que, mesmo com uma cor clássica como o azul-marinho, ganha um resultado inovador aos olhos de quem vê. Não é só um azul-marinho. É um azul particular e pensado para esse momento tão especial”, conta Ricardo Almeida, na torcida para que seus tons de azul tinjam o amarelo canarinho na conquista do hexa nos campos da Rússia.