Cleo se prepara para curtir seu Carnaval na avenida e fala sobre autoaceitação: “A gente nunca está cem por cento segura, né?”

Cleo revela como lida com os haters e fala sobre aceitação / Crédito: Instagram

Cleo começou bem a década. Como atriz, ela estará em três longas este ano: “O Amor dá Voltas”, “Terapia do Medo” e “O Segundo Homem”. Na música, lançou o videoclipe de ‘Queima’, hit em parceria com Pocah e temática feminista. E no Carnaval, nada de bloquinhos. Cleo vai assistir aos desfiles na Sapuca. “Eu e minha equipe sempre pensamos em produções e customizações que vão de alguma forma ter minha personalidade”, revelou.

Aos 37 anos, Cleo passou por diversas questões nos últimos anos, entre elas a compulsão alimentar. Em 2019, a atriz e cantora foi alvo de críticas na internet após engordar 20 quilos, e começou a conversar com os seus seguidores sobre pressão estética. “Eu estou bem. Hoje tenho um acompanhamento médico para trabalhar essas compulsões e uma base maravilhosa de equipe, amigos e familiares que fazem a diferença”, conta.

Em suas redes sociais, Cleo sempre manda mensagens de empoderamento e fala sobre feminismo. Sobre como se sente com o seu corpo atualmente, ela fala: “Às vezes me sinto super à vontade e às vezes não, é normal e faz parte da vida. A questão é não deixar que essas inseguranças nos impeçam de viver. Somos donas da nossa narrativa”. A seguir, um papo direto com Cleo sobre Carnaval, carreira e liberdade! (por Jaquelini Cornachioni)

G: No ano passado, sua produção para o Carnaval gerou o maior burburinho. Planejou algo diferente para 2020? 
C: Encontramos um caminho muito bacana com a logomania, que funcionou muito por conta do abadá que usamos. Esse ano estarei no mesmo camarote para assistir aos desfiles da Sapucaí. Eu e minha equipe sempre pensamos em produções e customizações que vão de alguma forma ter a minha personalidade.

G: Gosta de bloquinhos de rua? Vai a algum este ano?
C:
Eu curto os bloquinhos, mas ultimamente tenho preferido assistir aos desfiles nos camarotes. Não pretendo ir a nenhum este ano. Acho muito legal que os blocos de rua voltaram com tudo, assim todo mundo consegue curtir.

G: Gostaria de ter seu próprio bloquinho? Como ele seria?
C: Seria o máximo, né! Haha. Acho que se tivesse meu bloquinho convidaria várias pessoas que amo e admiro para fazer uma super festa. O repertório seria bem eclético. Convidaria artistas de vários gêneros musicais para ser o mais completo possível, assim todo mundo poderia curtir o que gosta. Também chamaria pessoas que considero bem poderosas para estar no bloco.

G: Você já tem novas músicas para serem lançadas?
C: Eu estou com algumas músicas já gravadas para lançar em breve, sim. É provável que isso seja lançado nos próximos meses. Não gosto de dar uma data fechada porque a produção musical nunca é fácil e rápida, o trabalho tem que ser bem feito e isso pode demorar um pouco. Mas terei novas parcerias também. Estou ansiosa, mas não posso falar ainda!

G: Qual seria o feat dos seus sonhos?
C: Aí, que difícil! Tenho muitos artistas pelos quais sou apaixonada e surtaria com um feat… Acho que a Rihanna é uma delas, uma mulher que acho incrível, talentosa pra caramba. Mas amo também Pabllo Vittar, Preta Gil e mais um time enorme de artistas maravilhosos com quem ficaria honrada de fazer música.

G: No cinema, você estará em “O Amor dá Voltas”, “Terapia do Medo” e “O Segundo Homem”. Cinema é sua área preferida dentro da dramaturgia?
C: É com certeza uma vertente que amo e me identifico bastante, principalmente porque comecei nele. Tem um ritmo mais imediato e o fato de ser uma obra fechada, ou seja, com começo, meio e fim já determinados, é melhor para entender para onde vamos levar o personagem. Mas para ser honesta, não tenho uma área preferida, porque o formato da novela também me atrai, essas nuances que criamos na teledramaturgia de acordo com a resposta do público deixa tudo muito mais desafiador. Começamos de uma maneira e terminamos o personagem de outra. Tudo do audiovisual me encanta, me desafia e me faz crescer como profissional.

G: Pretende voltar às novelas? Já tem algo em vista?
C: Eu gosto muito de fazer novelas e pretendo voltar em breve, porém tenho outros projetos para os próximos meses. Quando fazemos novela é uma entrega quase que exclusiva para isso, porque toda a agenda de gravação exige muito de nós, que foi o que aconteceu ano passado, quando finalizei a novela “O Tempo Não Para”. Então quando faço, gosto de me dedicar apenas a isso.

G: Como está seu tratamento contra a compulsão alimentar? 
C: Estou bem. Hoje tenho um acompanhamento médico para trabalhar as compulsões e uma base maravilhosa de equipe, amigos e familiares que fazem a diferença. Sobre o corpo, a gente nunca vai estar cem por cento segura, né. Esse é um lugar impossível de chegar. Às vezes me sinto super à vontade e às vezes não, é normal e faz parte da vida. A questão é não deixar que essas inseguranças nos impeçam de viver. Somos donas da nossa narrativa.

G: E como lida com os haters? Qual recado de Carnaval mandaria para eles?
C: Olha, para ser sincera eu não lido com eles. Nas minhas redes sociais eu me blindo bastante, até porque prefiro filtrar só coisas boas. O recado que eu mando para todos, seja hater ou não, é: curta o seu carnaval e deixe o outro curtir o dele também. Vamos todos ter mais noção do nosso lugar e espaço, não vamos constranger, acuar ou ferir o próximo. Todo mundo tem o direito de se divertir como bem entender.

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