Claudia Raia revela que foi garçonete e sambou na noite de NY

Claudia Raia || Créditos: Agnews

Estreia nesta sexta-feira a temporada carioca de “Raia 30 – O Musical”, no teatro Oi Casa Grande, no Leblon. Glamurama foi conversar com a atriz/ bailarina sobre o espetáculo, que faz uma retrospectiva de sua carreira. “O começo não foi fácil. Fui garçonete e dançava samba à noite em boates de Nova York para sobreviver”, relembra. Vem ler!

Por Michelle Licory

“Nunca quis nada pequeno”

“Meus amigos me ‘encheram’ para eu fazer esse espetáculo. Eu achava que poderia ficar autocentrado demais, mas sabia que daria certo. Nunca quis fazer nada pequeno. Ah, 30 anos da Claudia Raia tinha que ser grande… Mas ficou maior do que eu esperava. Tenho um cenário lindo do Gringo Cardia que não cabe em lugar nenhum, por exemplo. E troco de roupa 18 vezes. Contando minha história, conto um pouco do teatro musical brasileiro, já que fui uma das primeiras a reviver isso. Musical no Brasil é muito forte. Só perdemos para a Inglaterra e os Estados Unidos, que tem a Broadway”.

“Debochada e emotiva”

“O Miguel Falabella é meu irmão, então o escolhi para escrever esse espetáculo, e ele escreveu de forma debochada e emotiva, como eu sou. É a história de uma menina que queria, lutou e conseguiu. E ele criou letras para músicas já conhecidas para contar essa história. Tem um cheiro de anos 80 e 90, mas não é exatamente o que dancei e cantei lá trás. É um releitura”.

“Gosto de ficar roxa”

“Digo sempre pra quem vai dançar comigo: ‘Aperta! Gosto de ficar roxa’. Não quero que ninguém tenha medo de me dar ‘pegada’ por ser a Claudia Raia. Não sou nada estrela. Agora, mais ou menos comigo não rola. Quem não se dedica por inteiro não vai trabalhar comigo. Isso porque nada é fácil pra mim, eu me esforço muito. É muito ensaio, muita luta. E às vezes nem quando você repete 30 vezes dá certo, imagina quem quer fazer só uma! Nem um gênio conseguiria. Então gosto de gente perseverante, que trabalha. Tecnicamente ninguém nasce pronto, tem que estudar. Não dá pra ficar sentado fofocando, fazendo o bonito. Essa pessoa não vai a lugar nenhum.

“Mais esforço que talento”

 

“Acredito mais no esforço que no talento. Claro que existe vocação. Saquei cedo que eu tinha, mas sempre fiz muito esforço. Eu era a filha da dona da academia. A minha sapatilha de ponta tinha que ser a mais limpa, eu tinha sempre que chegar primeiro. Era uma disciplina militar, de sargento mesmo”.

“Pode-se melhorar sempre”

“Como se superar agora, depois de um musical desse tamanho que junta meus maiores sucessos? Ah, dou um jeitinho. Pode-se melhorar sempre. É nisso que acredito. Em musical, você sempre começa do zero. Sim, tenho uma bagagem, mas a cada novo espetáculo é uma nova nota que preciso aprender, um novo passo. É uma renovação a cada novo desafio”.

“Acabei emagrecendo”

“Pensa que estou com quase 49 e dançando coisas de quando eu tinha 16, época em que eu ensaiava 8 horas por dia. Acabei emagrecendo, no total uns 5, 6 quilos.. Sou muito machucada porque danço há 44 anos, então ainda preciso de fisioterapia. E esse musical é quase um cross fit”.

“Aí a gente morre de rir e improvisa”

“Além de tudo, sou a produtora do musical. Na coxia, fico pensando por que a luz tal não acendeu na hora. Quando termina o espetáculo, saio praticamente de maca, de tão exausta. É da minha natureza pensar em tudo. Sempre fui desse jeito. E mesmo assim em cena acontecem coisas fora do nosso controle. Aí a gente morre de rir e improvisa”.

Sair da versão mobile