Artista com quase 40 anos de carreira e uma biografia que está a caminho, escrita durante a pandemia com a jornalista Rosana Hermann, Claudia Raia repassou alguns dos seus muitos sucessos e também as lições que aprendeu em live com Joyce Pascowitch.
Entre os arrependimentos, a atriz de 55 anos citou a campanha que fez para o ex-presidente Fernando Collor na corrida presidencial, em 1992. “Foi um período muito difícil. Jurei para mim mesma que nunca mais faria campanha novamente para ninguém, nem se a minha mãe se candidatasse.”
Na mesma época, Claudia lembrou de um episódio em que outro político insinuou que ela estava com Aids, e passou a ser perseguida pela imprensa, que fazia plantão em frente ao prédio onde morava. “Foi um caos na minha vida”, recorda.
A atriz relembrou ainda o começo difícil na carreira, quando ganhou uma bolsa de estudos para estudar balé em Nova York e partiu sozinha aos 13 anos, sofreu com machismo, uma tentativa de abuso, mas também teve o apoio de muitos amigos e o “pé no chão” da mãe, professora de dança, que morreu aos 96 anos.
“Uma vez estávamos saindo de casa, no Rio, e eu era a capa de todas as revistas. Minha mãe viu aquilo e me disse: ‘Isso não tem a menor importância, isso é uma fase’”, conta. “Sucesso e dinheiro são duas energias estranhas, você tem que lidar com parcimônia e não viver refém dela.”
Capa e recheio da revista J.P de julho que já está nas bancas, Claudia fala ainda sobre as amizades que construiu no meio artístico, de como cuida da cabeça e do corpo e dos muitos projetos que ainda quer realizar. Entre os quais, o espetáculo em que encarnará a pintora Tarsila do Amaral, ícone do modernismo.
“A maturidade traz uma clareza. Quando cheguei aos 50 comecei meu segundo ato. É o ato mais legal de uma peça, ele conclui a história, é o que emociona as pessoas seja num teatro, num balé, num musical”, afirma.
Confira a íntegra do papo: