Charlize Theron relembra o dia em que, ainda adolescente, viu a mãe matar o pai em legítima defesa…

Aos 44 anos, Charlize fala do pai alcoólatra / Crédito: Reprodução

Aos 15 anos, Charlize Theron viu a mãe matar o pai. Pesado né? A atriz, de 44 anos, contou sua história em uma entrevista à rádio norte-americana NPR e contou como esse momento influenciou toda sua vida. Tudo aconteceu em junho de 1991. “Meu pai estava tão bêbado que ele não conseguia andar quando entrou em casa com uma arma. Eu e a minha mãe fugimos para meu quarto e ficamos encostadas na porta porque ele estava tentando abrir. Então ele disparou três vezes. Nenhuma das balas nos acertou, o que foi um milagre”.

Para salvar a vida dela e da filha, Gerda, a mãe de Charlize, atirou contra o marido, Charles Theron. Por ter agido em legítima defesa, ela não foi acusada de homicídio. “Esta violência familiar, este tipo de violência que ocorre entre a família, é algo que partilho com muita gente”, disse a atriz. “Não tenho vergonha de falar sobre isso, porque penso que quanto mais falarmos, mais percebemos que não estamos sozinhos”.

Charles Theron era alcoólatra e, sobre isso, Charlize comentou: “Só o conhecia de uma maneira, que era como um homem alcoólico. Era uma situação muito desesperadora e nossa família estava presa nela. E a imprevisibilidade diária de viver com um viciado é a coisa com que temos que lidar e que se integra no nosso corpo para o resto da nossa vida. Nossa família não era nada saudável. Claro, desejava que o que aconteceu naquela noite nunca tivesse acontecido. Infelizmente é o que acontece quando não chegamos à raiz dos problemas”, desabafou.

Charlize tem dois filhos, ambos adotados: Jackson e August. Jackson é transgênero. Na mesma entrevista, a atriz falou de sua experiência como mãe solteira: “É definitivamente algo que precisamos trabalhar. Este conceito de como uma família ‘deve ser’ e o que constitui a família ‘certa’ ou ‘forte’… Em muitos locais o que é aceito é que uma criança deveria ter uma mãe e um pai. Já lidamos com a ideia de duas mães e dois pais, mas não tanto com a ideia de uma mãe/pai solteiro. É uma pena”, lamentou.

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