Cesare Battisti deve se casar em Cananéia, no litoral sul de São Paulo, no próximo dia 27. A eleita do ex-ativista italiano é Joice Lima, com quem mantém relacionamento há vários anos e quem sempre o visitou na prisão quando esteve preso para fins de extradição. Entre os convidados está o amigo Eduardo Suplicy, atual secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, que garante que a união não é para conseguir cidadania brasileira e facilitar a sua permanência no país, o que já estaria garantido pela justiça.
Battisti, no entanto, comentou com amigos que o casamento de papel passado estaria ameaçado por causa do seu imbróglio jurídico. Atualmente, ele mora com a companheira em Embu das Artes.
O italiano foi condenado à prisão perpétua na Itália sob acusação de ter cometido quatro assassinatos na década de 1970. Ele conseguiu fugir do país europeu e, em 2004, veio para o Brasil. Battisti chegou a ser preso em 2007. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal autorizou o seu envio para a Itália, mas deu a palavra final para o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que negou a extradição no último ano de seu governo. Em março deste ano, Battisti voltou a ser preso pela Polícia Federal, mas foi solto sete horas depois. (Por Paula Bonelli e Bruna Narcizo)