A crise anda tão braba que nem mesmo aquele que é considerado um dos homens prudentes do mundo das finanças achou que seria o caso de respeitar a última recomendação médica que recebeu. E é de Jamie Dimon que estamos falando, o todo-poderoso CEO do JPMorgan Chase, que passou por uma grande cirurgia cardíaca há pouco mais de três semanas e mesmo apesar disso já está de volta à rotina intensa de trabalho no banco que em parte foi o que o deixou doente.
Tá certo que o executivo que se tornou bilionário em 2015 optou por fazer home office nesse momento, mas conforme o próprio explicou em uma carta enviada aos principais diretores do JPMorgan Chase nessa semana, sua principal função – que é tomar grandes decisões – já consome a maior parte de seu tempo. E esse tipo de preocupação que envolve cifras gigantescas não combina com pacientes do coração, ainda mais aqueles que saíram recentemente do hospital.
Muito ouvido por qualquer um que é alguém em Wall Street (e também em Washigton, frise-se), Dimon foi uma das vozes mais atuantes na última grande crise financeira que antecedeu a atual, a de 2008, e exerceu papel fundamental naqueles tempos para acalmar os mercados globais. Já sobre a causada pelo novo coronavírus, ele só disse até agora que iremos superá-la todos juntos, e dela nascerão novos desafios mas também oportunidades. (Por Anderson Antunes)