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Bispo do Rosário e algumas de suas obras || Créditos: Reprodução/Divulgação
Bispo do Rosário e algumas de suas obras
|| Créditos: Reprodução/Divulgação

Com patrocínio da Fundação Marcos Amaro (FMA), o Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro, vai incorporar como um de seus espaços um dos pavilhões da antiga Colônia Juliano Moreira, hospital psiquiátrico onde viveu, por muitos anos, Arthur Bispo do Rosário. O local, que será restaurado, abriga a cela ocupada por Bispo, que a encarava como uma espécie de ateliê.

“As paredes da cela estão completamente tomadas por desenhos cobertos por camadas de tinta e vamos retirá-las pouco a pouco”, afirma o curador, Ricardo Resende. Depois de restaurada, a cela funcionará como espaço expositivo permanente para as obras do artista sergipano.

Diagnosticado como esquizofrênico paranóico, Bispo viveu por quase 50 anos como interno de hospícios do Rio de Janeiro e aproveitou os materiais precários que o cercavam para recriar o mundo registrando em mantos e estandartes tudo que sua memória foi capaz de recordar. Apesar de ter sua genialidade reconhecida tardiamente, é hoje considerado um dos expoentes da arte contemporânea brasileira, compondo a tríade dos mais importantes nomes do período ao lado Lygia Clark e Hélio Oiticica. Falecido em julho de 1989, o artista tem sua obra revisitada, restaurada e catalogada desde o final de 2016.

Em setembro deste ano, o acervo de Arthur Bispo do Rosário foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Vista do Pavilhão que será incorporado ao Museu do Bispo do Rosário | Créditos:: Museu Bispo do Rosário

 

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