Cauã Reymond e Lais Bodanzky se unem levar para a telona uma outra faceta de Dom Pedro I

Cauã Reymond como Dom Pedro I no filme “Pedro” // crédito: Fabio Braga/Divulgação

Na semana passada começou a ser rodado “Pedro”, filme protagonizado por Cauã Reymond e dirigido por Laís Bodanzky, que também assina o roteiro. Trata-se do primeiro longa histórico da diretora dos premiados “Bicho de Sete Cabeças” e “Como Nossos Pais”, e promete mostrar Dom Pedro I como raramente se viu. Embora muita gente faça pouco do governante, retratado como mulherengo e desinteressado, ele era um cara culto e escreveu, em 1824, a primeira Constituição do Brasil imperial, considerada liberal e progressista para a época. A ideia é apresentar uma faceta menos conhecida de Dom Pedro I, focando no momento em que o imperador retorna para Portugal, em 1831, fugindo de ser apedrejado pela população brasileira, nove anos após proclamar a Independência do país, tentando compreender o porquê de tudo dar errado quando parecia que iria dar certo.

“É muito interessante fazer um paralelo com os dias de hoje porque o projeto de Brasil que deu errado é o país que ficou, é o que somos hoje. O filme é sim uma provocação. Que Brasil é esse? Quem somos nós hoje? Acho que se trata de um filme muito contemporâneo, apesar de histórico”, explica Laís Bondanzky, que foi convidada para o projeto por Cauã Reymond e Mario Canivello, sócios da Sereno Filmes, uma das produtoras de “Pedro”. “Trabalhar com o Cauã está sendo um processo muito bacana, ver como ele já se transformou desde o início até agora. Estamos desconstruindo o imaginário que temos de Dom Pedro I para descobrir quem é o Pedro”.

Cauã está superenvolvido com esse projeto, e não é de hoje: “Queríamos resgatar esse lado menos conhecido do Dom Pedro I, algo que fosse além do grito de Independência ou Morte. Escolhemos fazer um filme de personagem. Para interpretá-lo pesquisei muito, li diversas biografias brasileiras e estrangeiras sobre ele. Procuro construir o personagem a partir de suas ambiguidades. Mais do que o herói, buscamos o homem; com suas angústias, alegrias, dúvidas e paixões.”

O diretor de arte inglês Adrian Cooper e o diretor de fotografia espanhol Pedro J. Márquez foram convocados para assinarem o minucioso trabalho de reconstrução de época.

“Pedro” terá cenas rodadas em Arraial do Cabo, Rio de Janeiro, São Paulo, em Lisboa, Queluz e na Ilha do Faial, em Portugal, e a previsão de estreia é para o ano que vem. No elenco, ao lado de Cauã, Vitória Guerra, Celso Frateschi, Luise Heyer e uma novata muito especial, que ataca de atriz pela primeira vez: a artista plástica Rita Wainer, no papel de Domitila. Aguarde que vem coisa boa por aí!

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