Por Mariana Gonzalez para a Revista PODER
Dona de uma das marcas mais fortes do Rio de Janeiro, a promoter Ana Carolina Sampaio Pinheiro – ou Carol Sampaio, como prefere ser chamada – já levou o Baile da Favorita para mais de 60 cidades brasileiras e para Miami, transformando a festa em um negócio para lá de rentável. Só em 2015, foram 48 edições – cada uma com um público médio de 2 mil pessoas. O som? Funk carioca. Pois no último Carnaval, a carioca de 33 anos viu nas ruas do Rio de Janeiro a oportunidade de transformar seu baile em outro negócio rentável. Deu mais do que certo – tanto que, segundo ela, havia mais de 350 mil pessoas na avenida Atlântica, em Copacabana. “Do trio elétrico, eu via as pessoas dançando na areia da praia e os moradores dos prédios saindo na varanda para nos ver. Foi mágico!”, lembra Carol.
Tanto o baile quanto o bloco são só uma parte do trabalho de Carol – uma parte importante, diga-se de passagem: em 2015, o faturamento da festa foi 35% maior em relação ao ano anterior e, para este ano, as expectativas são altas. Ela continua atuando como promoter de outras festas e eventos – como o Carnaval do Rio de Janeiro, que já promove há 12 anos – e festas de aniversário, de debutante e de casamento, que começou a organizar há três anos e já respondem por 25% do faturamento de sua empresa. Esse é o foco em 2016, aliás. Ela explica por que: “Daqui a dez anos vai haver outra Carol Sampaio por aí, com muito mais gás, promovendo festas mais bacanas. Não consigo me ver aos 40 dançando com os MCs no palco. E cerimonial é uma coisa que vou poder fazer a vida inteira”. O lado business, Carol revela, foi herdado da mãe, que era empresária e, no início, foi contra a carreira de promoter. “É um caminho de altos e baixos. A gente dorme pouco, não tem salário fixo, não tem aposentadoria. É desgastante”, comenta a moça, que largou o último semestre de Direito para se dedicar integralmente aos eventos que organiza.
De fato, tempo livre é raridade na agenda de Carol. O pouco que tem, usa para praticar esportes, hábito que a acompanha desde sempre. Ex-lutadora profissional de jiu-jítsu e ex-jogadora de futebol do Flamengo, uma cirurgia no joelho a impossibilitou de correr, mas nem por isso deixa de fazer spinning e pilates, religiosamente, três vezes por semana. Férias longas? Nem pensar. As últimas foram em 2010. Mesmo no meio de tanta correria e à frente de uma equipe de oito pessoas, Carol garante que se cuida. “Sempre que possível, durmo bem e tenho uma alimentação saudável. Mas se não der, sem estresse. Coisa de quem começou cedo”.