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Por Verrô Campos

A top paraense Caroline Ribeiro fotografou nesta terça-feira para a marca de um conterrâneo seu, a Maison Revolta, de Rogério Vasques. De Belém do Pará, depois de cursar comunicação, Rogério foi direto para Paris para estudar no Institut Francais de la Mode. Na temporada francesa, que durou 10 anos, ele trabalhou com Karl Lagerfeld e também na Balenciaga. Voltou para o Brasil em 2013, para lançar sua própria marca. Glamurama tem os cliques de making of do ensaio e, de quebra, uma entrevista com o estilista, que trabalha principalmente com couro.

O que o motivou a voltar para o Brasil? “Eu sempre tive o sonho de montar minha marca e, nos últimos anos, passei certo tempo morando em Paris. Por conta disso, acredito que tenha alcançado um nível de experiência muito interessante. Para mim, era muito importante voltar para o Brasil para eu poder passar minha experiência para as pessoas daqui. Existe no mercado brasileiro um potencial muito interessante, o made in Brazil é uma coisa que pode acontecer. As pessoas se animam, são trabalhadoras, precisam de sonhos, de ideias. Estou superfeliz com essa volta e, aqui no Brasil, acho que as coisas podem acontecer.”

Como foi trabalhar com Lagerfeld e na Balenciaga? “Foi uma escola. As coisas aconteceram, fui a Paris para melhorar meu francês e para aprender, estudar moda, design e, a partir daí, tudo foi acontecendo. O Karl, realmente, é ‘a’ experiência, ‘a’ sabedoria, o conhecimento do chic, é ‘a’ costura. O método de trabalho dele é o que eu aplico aqui no Brasil, isto é, modelar, fazer as telas em algodão, fazer o primeiro piloto, ter as provas, chamar as pessoas para ver a coleção… A Balenciaga foi fundamental, pois lá aprende-se realmente a técnica, precisa-se concentrar no trabalho feito.”

Quais são as principais influências que você carrega em sua marca própria? “O couro é uma matéria-prima viva, eu sempre dizia isso na Balenciaga. Tem vida e vai se transformando no seu armário, vai pegando várias formas. Não é apenas um tecido ou algo estático. O material ajuda muito na minha geometria da roupa, justamente porque eu gosto das linhas e o couro traz essa estrutura. Também temos o nosso couro, da Maison Revolta, desenvolvido através da indústria automobilística. Essa aplicação se deu após um trabalho que desenvolvi em Paris numa usina que trabalhava para a Louis Vuitton.”

Por que a Carol Ribeiro na campanha? “A Carol é uma paixão. Para mim, ela representa muito a moda que amo e acredito. Ela participou de momentos muito interessantes, a gente se cruzou ainda quando criança. Quando cheguei a Paris, fui convidado para o desfile da Chanel. Para mim, foi muito engraçado porque ela estava na passarela e eu sabia o que ela tinha virado, pois seguia a carreira dela de longe. Vê-la desfilando num ‘ambiente Chanel’ foi um show. Eu jurei para mim mesmo: um dia eu iria trabalhar com ela.”

Couro é fetiche? “O couro é sensual e o poder da mulher Maison Revolta vem da sensualidade, é algo natural da pele, que pode ser dela, da roupa ou do homem.”

+ www.maisonrevolta.com.br

 

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