Ex-primeira-dama da França, modelo e cantora… Carla Bruni já transitou por todas as áreas, da moda à política, e acabou se fixando na música. Foi namorada de Mick Jagger e causou barulho ao abandonar o relacionamento que tinha com o respeitadíssimo filósofo Jean-Paul Enthoven para viver um romance com o filho dele, Raphaël. Essa história, aliás, faz parte da autobiografia de Raphaël, “Le Temps Gagné”, lançada recentemente, em que Carla é descrita como “a mulher ideal”. Mas tudo isso são águas passadas e Bruni vai dar pinta no Conversa com Bial dessa quinta-feira, para lançar um novo álbum. Entre os temas abordados, sua relação com a música e a inspiração por trás de algumas de suas mais recentes canções, escritas em três idiomas. “Tenho mais facilidade de compor em francês, mas essas duas músicas que compus em italiano e inglês foram bem fáceis, criadas de forma espontânea. E claro, são sobre o amor”. ‘Your Lady’, por exemplo, fala de um amor impossível: “Não é muito bom viver um amor impossível, mas é uma ótima inspiração para compor”, revelando que o marido, Nicolas Sarkozy, e amigos: “Eu faço as pessoas ouvirem minha música o tempo todo”.
Carla Bruni também fala de seu interesse pela bossa nova e o primeiro contato com o estilo musical, por meio das canções de João Gilberto: “O que eu mais gosto da bossa nova é o contraste entre os acordes extremamente sofisticados – é muito difícil de tocar, não é nem de longe uma música simples – e a gentileza e a doçura do jeito como os cantores usam a voz. Foi muito inspirador ouvir todo um estilo de música em que as pessoas cantam exatamente como eu gosto”.
O anos em que foi modelo internacional e sua experiência como primeira-dama da França, de 2008 a 2012 também fizeram parte da entrevista. Sobre o que a fez trocar as passarelas pela música, Carla Bruni conta: “Na verdade, eu não planejei nada. Nunca pensei nisso como uma possível carreira. Mas eu sentia que a carreira de modelo estava acabando e comecei a ter cada vez mais tempo para a música. Comecei a tocar cada vez mais e tudo aconteceu naturalmente”. E sobre a política, revela: “Devo dizer que nunca fui muito ligada à política. Não que não me interesse. Sou uma sonhadora, e a realidade não é a minha coisa favorita. E a política está muito ligada à realidade”.