Brigitte Macron: a professora que conquistou o futuro presidente da França

Brigitte e Emmanuel Macron || Créditos: Getty Images

Não foi dessa vez que a França elegeu sua primeira mulher presidente, mas em compensação o país ganhou uma primeira-dama como nunca havia visto antes. Brigitte Macron, mulher do presidente eleito Emmanuel Macron, conheceu o político quando ele atuou em uma montagem de “Jacques e seu Amo”, de Milan Kundera, na escola de ensino médio que frequentava.

Encantada com a atuação do então aluno de 15 anos – sim, ela foi professora dele – Brigitte o cumprimentou com um beijo logo após o fim da peça. Apesar da diferença de idade de quase 25 anos entre eles, os dois logo ficaram próximos. Nas raras entrevistas que concede, a futura moradora do Palácio do Eliseu afirma que foi cativada pela inteligência de Macron.

A amizade colorida eventualmente se transformou em romance, apesar dos protestos iniciais dos pais de Macron, que temiam que a juventude do filho fosse desperdiçada ao lado de uma “senhora”. Em 2007, um ano após o divórcio de Brigitte do banqueiro André-Louis Auzière (eles mantinham um casamento de fachada) ela oficializou a relação com o ex-pupilo.

Discretíssima, Brigitte inicialmente atuou apenas nos bastidores da campanha do marido pela presidência e só aceitou mudar de postura após conhecer Michelle Marchand, a poderosa editora da agência de paparazzi Bestimage, uma das maiores da Europa. Da nova amiga ouviu que sua beleza intacta aos 64 anos era um ativo que poderia ajudar Macron junto ao eleitorado.

A partir daí, ela virou figura cativa nas revistas de celebridades, com direito a “flagras” em praias de Biarritz e fotos de maiô. Por conta de sua ligação com o setor educacional, Brigitte deverá assumir algum trabalho nessa área quando se tornar primeira-dama no dia 14 de maio. Mais do que isso, ela deverá se transformar em uma das principais figuras do novo governo, graças a seu histórico inusitado, bastante festejado pelas feministas e pelos moderninhos da Rive Gauche. Em tempos de conservadorismo exacerbado na terra de Napoleão, soa quase como vitória dupla. (Por Anderson Antunes)

O primeiro beijo dos dois || Créditos: Reprodução
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