José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, celebra 85 anos nesta segunda-feira, como o grande nome da televisão brasileira, sendo um dos responsáveis pela criação de novelas, programas de entretenimento e telejornais que até hoje são líderes de audiência e copiados em todo o mundo. Um dos presentes de aniversário será o lançamento do livro que celebra a sua nova idade, com capa de Vik Muniz e 85 depoimentos de familiares e amigos, como Fernanda Montenegro, Silvio de Abreu, Faustão, Glória Pires, Regina Duarte, Octávio Florisbal, Uajdi Moreira; além de Roberto Carlos, Pelé, o chef Claude Troisgros, a escritora Nélida Piñon, o publicitário Washington Olivetto e políticos: Sarney, FH, Lula e Michel Temer. A informações é de Ancelmo Góis, do ‘O Globo’.
Para celebrar, Glamurama lista três criações com o ‘dedo’ do ex-todo poderoso da Globo que moldaram a televisão que assistimos até os dias atuais.
Jornal Nacional
Em 1 de setembro de 1969 entrou no ar o ‘Jornal Nacional’. Isso depois de vencer algumas pessoas de dentro da emissora, que defendiam que cada capital deveria entrar no ar com o seu próprio apresentador. Boni conseguiu definir o formato que seguia o estilo dos americanos, centralizando as notícias do país com um telejornal apresentado por dois âncoras. O modelo adotado até hoje está no ar.
Além das novelas
Boni já revelou em entrevista que considera o início da produção de séries diferentes das novelas, como “Malu Mulher”, “Carga Pesada” e “Plantão de Polícia”, um outro grande marco da televisão, além das minisséries, que trouxeram a literatura para a TV. Mesmo que esses programas não tenham sido o ápice de audiência. E isso comprova que Boni sempre foi um visionário. O que mais assistimos hoje em dia? Séries.
Do Brasil para o mundo
Os produtos nacionais, além do sucesso absoluto por aqui, ganharam o mundo, e Boni explicou que tudo por conta da alta qualidade e grande competitividade. Que exemplo do sucesso lá fora? Fidel Castro, por exemplo, mudou o horário de corte de luz para que a população de Cuba assistisse a ‘Escrava Isaura’ e a Rússia editou um capítulo de três horas de duração de ‘Mulheres de Areia’ só para garantir a presença da população em Moscou em um dia de eleições. No Líbano, um motorista de táxi recusou-se a receber pela corrida porque era fã de Sônia Braga e da novela ‘Gabriela’.
*Em tempo: As novelas continuam a ser o principal produto de exportação da TV brasileira, que começou em 1970 com a versão original de Gabriela (Globo, 1975), que fez muito sucesso na televisão portuguesa. Entre as mais vendidas de todos os tempos estão: “Avenida Brasil” 132 países; “Caminho das Índias, 118 países; “A vida da gente” 113 países e “Da cor do Pecado” 104 países.