Foi durante um mochilão pela Ásia que o estudante de desenho industrial britânico William Broadway, de 22 anos, teve a ideia de criar a Isobar, uma microgeladeira desenhada especialmente para armazenar vacinas em temperaturas que variam entre 2 e 8 graus Celsius. Durante a viagem, que durou sete semanas e incluiu passagens por países como China, Camboja e Vietnã, Broadway percebeu que a demanda por vacinas valiosas nestes lugares era até atendida, porém o desperdício na hora de transportá-las aos lugares mais remotos era enorme e, pior de tudo, custava vidas – pelo menos 1,5 milhão de pessoas morrem por ano em razão disso, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Apesar de existirem transportadores de vacinas no mercado, a maioria desses equipamentos usa gelo ou compressas para manter as vacinas, geralmente abaixo das temperaturas consideradas ideais, o que aumenta as perdas. A Isobar não somente resolve o problema como ainda permite o armazenamento por até 30 dias, sem falar que a invenção pode ser facilmente transportada em uma mochila especialmente desenhada para ela.
Broadway buscou inspiração em um projeto desenvolvido por Albert Einstein nos anos 1930 para criar a minigeladeira, baseado em uma mistura entre água e amônia que gera refrigeração a partir da absorção de vapores. Considerado um visionário, o estudante foi um dos vencedores da edição deste ano do prestigiado James Dyson Award, que premia todos os anos os melhores candidatos para desenhistas industriais do futuro.
Até Bill Gates ficou sabendo da invenção de Broadway, e que o deixou bastante animado. “Eu amo histórias como essa. O que esse estudante criou pode ajudar a salvar milhões de vidas”, disse recentemente o homem mais rico do mundo.