Dez minutos foi o tempo que Bianca Tadini ficou sem falar quando soube que foi convocada para viver Cinderella no musical da Broadway que acaba de desembarcar no Brasil, adaptado pelos diretores Charles Möeller e Claudio Botelho. Também, não é para menos, além de tratar-se de personagem tão significativa na infância de toda garota, Bianca, que já viveu Dorothy (“O Mágico de Oz”), Christine [cover] em “O Fantasma da Ópera” e Eliza Doolittle [cover] em “My Fair Lady” – todos em São Paulo -, foi selecionada apenas com um material impresso enviado à equipe de produção do musical, concorrendo com mais de 500 candidatas. “No dia do teste presencial eu não pude ir porque estava viajando. Achava que seria difícil eu ser escolhida por conta disso. Até que recebi um telefonema dizendo que o papel era meu.”Para saber mais sobre os bastidores desta superprodução, Glamurama bateu um papo com a atriz, que você lê abaixo.
Glamurama: Como foi a oficina feita por você para viver o papel?
Bianca Tadini: “O período de ensaio foi bem puxado. Ensaiamos coreografia, interpretação e canto durante cerca de 8 a 9 horas por dia, 6 dias por semana. É um sacerdócio. É uma direção inteligente, divertida e que emociona. Este papel em especial é um desafio maior porque fico muito tempo em cena. E quando não estou em cena, estou na maratona de troca de figurinos. Existe uma certa tensão e ao mesmo tempo uma preocupação em não atrapalhar a produção.”
Glamurama: Quando você era criança, gostava de Cinderella?
Bianca Tadini: “Sempre gostei muito. Foi uma das minhas preferidas. Tinha o filme e assistia um milhão de vezes.”
Glamurama: O papel te mudou de alguma forma?
Bianca Tadini: “Muito… É muito maluco porque falo coisas que são muito importantes pra mim. É um espetáculo que fala de bondade, compaixão, perdão, coisas muito importantes. Até porque é uma responsabilidade enorme. Há um senso de justiça muito forte e um coração muito bom.”
Glamurama: O filme “Cinderella”, lançado pela Disney no ano passado, recebeu críticas por incentivar, de certa forma, um culto a um ideal de beleza e também certa futilidade. Vocês tiveram algum cuidado especial em adaptar a produção para os tempos de hoje?
Bianca Tadini: “A nova Cinderella é um pouco diferente do que estamos acostumados. É uma moça um pouco mais forte, ela não espera o príncipe para ajudá-la. Ela tem alguns ideais. Ela quer mudar o mundo. Ela lê sobre política e ajuda o rei a mudar coisas no reino dele que não são legais.”
Glamurama: Qual foi o maior desafio encontrado pela equipe durante a produção do musical?
Bianca Tadini: “Não é um franchising, que vem pronto. Tudo foi feito aqui, então o maior desafio é na corrida contra o tempo. É muita coisa, muita gente, muitos detalhes e ajustes técnicos. Pura criação!”
Glamurama: O que o público pode esperar do figurino do espetáculo, assinado por Carol Lobato?
Bianca Tadini: “O figurino é lindo de morrer! Ela é demais. Amo todos os meus vestidos, tanto os de gata borralheira quando os da Cinderella. Ele é formado por uma palheta de cores bem misturada… É maravilhoso.”
Glamurama: Você já viveu muitos papeis incríveis. Tem algum que você ainda não fez e almeja muito?
Bianca Tadini: “Gostaria muito de fazer o papel de Julie Jordan em ‘Carousel’, obra que foi escrita por Oscar Hammerstein II, mesmo escritor de ‘Cinderella’, que fala sobre perdão e o amor que transcende tudo. E o papel de Clara de ‘The Light in The Piazza’, neto de Richard Rodgers, que compôs parte das músicas de ‘Cinderella’.”
Glamurama: Rolou química logo de cara com o príncipe, interpretado por Bruno Narchi?
Bianca Tadini: “É a primeira vez que trabalhamos juntos. Ele é um príncipe na vida real. Um grande amigo, uma pessoa generosíssima. Está sendo muito gostoso trabalhar com ele. A química veio de primeira porque a gente já se conhecia, então fica mais confortável, né?”
“Cinderella – O Musical” – Teatro Alfa
Quinta-feira – 21h
Sextas-feira- 21h30
Sábado – 16h e 20h
Domingo – 17h
Ingressos aqui.