Os assessores de Beyoncé foram pegos de surpresa pelo processo aberto contra a cantora por uma integrante recentemente demitida da equipe de músicos dela, a baterista Kimberly Thompson, por motivos ainda não revelados. Tudo o que se sabe, por enquanto, é que para a justiça dos Estados Unidos a moça acusou a ex-patroa de praticar “bruxaria extrema”, e ainda afirmou às autoridades ter sido alvo de vários feitiços que lhe foram lançados por Bey, inclusive um para que se torne vítima de abusos sexuais.
Além dessas barbaridades, Thompson também alegou que a cantora matou seu gatinho e mandou que sua rotina e até suas finanças fossem analisadas com lupa por detetives particulares. O caso corre em um tribunal de Los Angeles e tem tudo para ser uma daquelas ações feitas sob medida para constranger acusados ricos, que geralmente optam por acordos financeiros extrajudiciais para acabar com o bafafá desnecessário.
As citações sobre a suposta bruxaria, aliás, podem ter sido feitas por Thompson e seus advogados com segundas intenções, já que as leis dos EUA tornam extremamente difícil provar que questões ligadas à religião não sejam verdade. Em outras palavras, é o “crime perfeito”: ao invés de contra-atacar a antiga funcionária, Bey pode optar por resolver a pendenga com um senhor cheque, o que pode inclusive ser mais rápido e barato.
Foi justamente por isso que Michael Jackson não quis processar os jornalistas que publicaram no começo dos anos 2000 seu suposto plano macabro para amaldiçoar Steven Spielberg, só porque este não o escalou para estrelar a superprodução “Hook”, sobre Peter Pan (personagem favorito do rei do pop), um papel que acabou ficando com Robin Williams. Como já estava praticamente sem grana na época, ele nem se deu ao trabalho de contestá-los. Resta saber se a mãe de Blue Ivy, Sir e Ivy Carter, com seus US$ 290 milhões (R$ 1,18 bilhão) na conta e notório sangue quente, vai comprar a briga ou não. (Por Anderson Antunes)