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Bebel Gilberto / Crédito: Instagram

Seis anos desde o último álbum, “Tudo”, Bebel Gilberto está de volta com seu novo trabalho, intitulado “Agora”, e que será lançado nesta sexta. O álbum traz 17 faixas e é resultado de uma viagem que Bebel fez sozinha. O momento perfeito para que ela se redescobrisse e voltasse cheia de ideias.

“Quando encontrei o Tomas (Bartlett, produtor), estava voltando de uma viagem que fiz sozinha, o que foi um grande privilégio. Nessa época, as músicas começaram a vir com mais frequência à minha cabeça. E eu pensava: ‘isso aqui dá um samba, isso aqui pode ser muito legal’. A música ficou, de certa forma, mais organizada”, conta Bebel.

Aos 54 anos, a cantora, que morou muitos anos em Nova York, está de volta ao Rio de Janeiro, e é aqui que pretende se estabelecer daqui para frente. Nessa quarentena, Bebel, que está na casa que foi de sua mãe, Miúcha, revela que tem aproveitado para cozinhar, além de cuidar do novo amor da sua vida, uma cachorrinha. “Ganhei uma cachorrinha de cinco meses que está debaixo da minha mesa nesse momento, me olhando. Eu também cozinho, falo com amigos, canto, vejo séries. Nunca fui muito de sair, então, pra mim, apesar da situação complicada, não foi difícil ficar em casa”. Confira  o nosso bate-papo completo!

Glamurama: O álbum “Agora” será lançado nesta sexta. Quais são suas expectativas?
Bebel Gilberto: Gostaria que tivesse uma banda passando pela cidade, fogos de artifício, frio na barriga, aglomeração cantando ‘Agora’ e um grande dragão dourado. Já pensou como seria? É assim que eu imagino, mas é só uma brincadeira, um sonho. Falando sério, estou aproveitando esse período para divulgar meu disco com mais calma, dando mais atenção para a imprensa. Isso nunca tinha acontecido na minha vida, era tão corrido antes. A grande questão do álbum “Agora” é essa situação toda que está acontecendo, esse momento. Eu estou sendo eu.

G: Quais suas influências para esse disco?
BG: Tem algo que eu sempre uso nas minhas músicas: as experiências e situações inesperadas que eu passo. Dessa vez, estava em uma viagem quando comecei a pensar nas músicas. Quando vi, já tínhamos 17 faixas. Nunca imaginei.

G: Você está lançando este álbum seis anos depois de seu último disco. Ele tem um gostinho especial por conta disso?
BG: Todo disco tem um gosto especial, mas esse é diferente em outros quesitos. Ele foi feito de maneira muito calma, sem pressão, e isso fez dele um trabalho mais natural.

G: Como foi o processo criativo?
BG: Quando encontrei o Tomas, estava voltando de uma viagem que fiz sozinha, o que foi um grande privilégio. Nessa época, as músicas começaram a vir com mais frequência a minha cabeça. E eu pensava: ‘isso aqui dá um samba, isso aqui pode ser muito legal’. A música ficou, de certa forma, mais organizada. Então dividi tudo com o Tomas e montamos o álbum.

G: Afinal, quais são as suas músicas preferidas desse novo trabalho?
BG: Eu amo muito ‘Clichê’, ‘Essence’ e ‘Agora’.

G: Como está sendo a sua quarentena?
BG: Estou morando no Rio, na casa que era da minha mãe. Ganhei uma cachorrinha de cinco meses, a Ella, que está debaixo da minha mesa neste momento, me olhando. Eu também cozinho, falo com amigos, canto, vejo séries. Nunca fui muito de sair, então, para mim, apesar da situação complicada, não foi difícil ficar em casa. Sinto pena de quem tem essa necessidade. O momento é de cautela, para aproveitar e estudar. No começo da quarentena, estava organizando muitas coisas da minha mãe que encontrava pela casa, além de terminar meus desenhos.

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G: Você conseguiu se manter criativa nesse momento complicado?
BG: Criativa só na cozinha, mas sempre fui boa cozinheira, só me aprimorei nesse tempo. Além disso, continuei minha rotina de exercícios online, fazendo tudo de casa. Minha maior saudade são os shows.

G: Falando nisso, já tem datas marcadas?
BG: Esse ano todos foram cancelados. Nem é o momento de pensar nisso. Mas alguns shows já foram remarcados. Estou com uma turnê na Europa planejada, que vai começar bem no dia do meu aniversário, 12 de maio.

G: De que forma a pandemia impactou na sua carreira?
BG: Além dos shows, acho que esse é um momento de reflexão. Nesse álbum conto muitas questões que passei e queria mostrar para o mundo. A turnê está linda, muito especial, mas não posso pensar apenas em mim. Tenho casa, saúde… muitas pessoas não têm nada, nem água, nem casa, nem comida.

G: Está curtindo essa vida virtual cheia de lives?
BG: Não tem como negar que as lives tem uma magia. Nunca achei que fosse experimentar isso, mas estou amando. Durante a live, você tem mais tempo para interagir com os outros, contar histórias. Isso é algo que não acontece em um show presencial.

G: Você morou muito tempo fora do Brasil, e agora está no Rio…
BG: Estou gostando de ficar no Rio, mas vou dançando conforme a música. Começou a ficar pesado morar em Nova York e viajar tanto. Lá eu não tinha apartamento próprio, então acredito que vou ficar no Rio mesmo, mas sempre com o pé na estrada.

 

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