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Por Thayana Nunes

Em apenas três anos de carreira, Tulipa Ruiz já se firmou como uma das grandes vozes da nova geração de músicos brasileiros. Coleciona prêmios, entre eles de Melhor Disco da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e o de Melhor Cantora do Prêmio Multishow, e sua agenda está lotada há um ano, desde que começou a turnê de seu segundo disco, “Tudo Tanto”. Filha e irmã de músicos – o irmão Gustavo Ruiz é seu grande parceiro dos palcos -, Tulipa fez 40 shows fora do Brasil este ano e atraiu uma multidão para sua apresentação durante o Festival de Montreux.

Nesse sábado, a cantora fez um show inédito no Tom Jazz, em São Paulo, cantando uma versão acústica de seus dois álbuns, acompanhada de violão e clarinete. No dia 17, ela se apresenta no espaço Miranda Brasil, na Lagoa, no Rio. “Estou muito empolgada por voltar à essência das canções. Como se estivesse sem roupa”, disse ela em bate-papo com Glamurama. Confira.

– Sua carreira foi meteórica. Em apenas três anos foram tantos prêmios, tantas parcerias bacanas... “Muitas coisas boas acontecerem nos últimos três anos. Quando comecei a cantar, minha intenção era só gravar um CD. Não sabia se queria ser cantora. Foi totalmente sem planejamento, não sabia o que ia acontecer depois. Era algo que gostava de fazer nas horas vagas. Meu pai e meu irmão são músicos, então essa era a profissão deles, não minha.”

– É fácil ser músico hoje? “Foi difícil. Ainda mais porque tive que me situar dentro da musicalidade mutante de hoje. Não é como antigamente que você grava seu CD com uma gravadora, vende na loja, faz show depois para divulgar seu trabalho. O jeito de escutar música mudou.”

– Suas referência são tão diversas, de Gal Costa a Yoko Ono. O que você está escutando? “Gosto de escutar muita música. Mas hoje só tenho ficado empolgada com discos frescos. O que eu escuto? Primos Distantes, Gustavo Gallo, Cérebro Eletrônico. Acho que existem muitas releituras. Faz parte do repertório musical de qualquer músico ter referência de outras pessoas. É normal. As coisas novas são um pouco duvidosas. Original, original mesmo, só Adão.”

– Você conhece seu público? “Sabia que tem muita criancinha cantando minhas músicas? Mas sou muito convidada para cantar em festivais de rock com um bando de homens. E quando fui para a trilha de uma novela, virei repertório de um outro tipo de gente. Minha música virou a música do personagem preferido da minha avó. Gosto disso, de poder estar em vários lugares.”

– Quando você descobriu que estava “bombando”? “Bateu mesmo quando lancei meu primeiro disco no Auditório Ibirapuera. Estava com medo de não ter ninguém na plateia, mas pouco antes do show vi que ficaram 400 pessoas para fora. Mandei fazer mil cópias do CD, que acabaram na primeira semana.”

– Suas parcerias são tantas: Criolo, Lulu Santos, Emicida… “Não lembro quando conheci Emicida. Acho que quando a gente se encontrou, bateu de cara. Nos conhecemos e curtimos. Desde então a gente tem se encontrado nos palcos. Ele é meu novo consultor de histórias em quadrinhos.”

– O que Tulipa gosta de fazer além de cantar? “Gosto muito de ir a shows. Sempre estou no Puxadinho na Vila Madalena, no Auditório Ibirapuera, vou sempre na feirinha da Liberdade de domingo, moro pertinho da Augusta então estou sempre no Espaço Unibanco. Mas ainda não sou reconhecida nas ruas.”

– Tulipa por Tulipa? “Que pergunta difícil. Sou uma pessoa em processo o tempo todo. Vivo em mutação constante. E é na música onde me sinto mais à vontade.”

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