Banksy relembra passado sírio de Steve Jobs em sua nova obra

Obra de Banksy em exposição na França || Créditos: Getty Images

O artista britânico conhecido como Banksy revelou um novo trabalho ontem, estrategicamente no “Selva”, o campo de refugiados perto de Calais, na França, e da fronteira com a Inglaterra. Em um muro do local, ele grafitou a figura do empresário Steve Jobs, fundador da Apple, com uma mochila no ombro e um antigo Macintosh na mão.

Em uma rara nota à imprensa, Banksy explicou que quis lembrar o mundo que Jobs também era filho de refugiados – o pai biológico dele, Abdulfattah “John” Jandali, nasceu em Homs, uma das cidades destruídas na guerra civil que assolou a Síria em 1931. Nos anos 1950, Jandali emigrou para os Estados Unidos, onde conheceu a mãe biológica de Jobs, Joanne Schieble, que engravidou e, após o nascimento do empresário, o colocou para adoção.

Obra de Banksy em exposição na França || Créditos: Getty Images

“Somos muitas vezes levados a crer que a migração esgota os recursos de um país, mas Steve Jobs era filho de um migrante sírio. A Apple é a empresa mais lucrativa do mundo, paga anualmente mais de US$ 7 bilhões (R$ 27,1 bilhões) por ano em impostos nos Estados Unidos – e só existe porque permitiram a entrada de um jovem de Homs”, escreveu o artista no comunicado. (Por Anderson Antunes)

 

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