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David Rockefeller || Créditos: Getty Images
David Rockefeller || Créditos: Getty Images

Morto no fim de abril do ano passado, David Rockefeller estipulou um seu testamento que alguns dos itens mais valiosos de sua coleção de obras de arte deveriam ser doados para o MoMA de Nova York, do qual o até então único neto vivo do lendário John D. Rockefeller era patrono. O restante, conforme orientação do próprio, deverá ir a leilão pela Christie’s de NY em maio, com múltiplas vendas presenciais agendadas e também na internet.

Estimativas da própria casa de leilões apontam para um negócio com potencial de mais de US$ 500 milhões (R$ 1,71 bilhão), porém considerando o sobrenome poderoso em jogo e a volta com tudo da euforia ao mercado de artes, ninguém descarta uma soma muito maior.

O dinheiro que ele ganhava era praticamente todo investido em quadros, esculturas e afins, salvo as quantias que o bilionário sempre mandava para instituições de caridade – o próprio MoMA, aliás, será o maior beneficiário do megaleilão orquestrado pela Christie’s. Influenciado pela mãe, Abby Aldrich (uma das fundadoras do museu nova-iorquino), e pela irmã, Lucy, Rockefeller contava com o apoio da mulher, Peggy, em sua busca por trabalhos exclusivos.

Juntos eles compraram vários Cézannes, Gauguins e Picassos, sendo que é do artista espanhol um dos quadros mais valiosos da coleção de Rockefeller que serão leiolados no próximo mês: “Fillette à la corbeille fleurie”, de 1905, com lance inicial de US$ 90 milhões (R$ 308,7 milhões). Há ainda um Matisse (“Odalisque couchée aux magnolias”, de 1923) avaliado em no mínimo US$ 70 milhões (R$ 240,1 milhões), e um Monet (“Extérieur de la gare Saint-Lazare, effet de soleil, de 1877), de pelo menos US$ 40 milhões (R$ 137,2 milhões).

Ao contrário de muitos colecionadores privados, Rockefeller sempre fez questão de emprestar seus tesouros para mostras mundo afora, e não raramente visitava estúdios de novos artistas no SoHo e redondezas para ver as “novidades”. Quem o conheceu garante que bastava mencionar o assunto “arte” para lhe cativar, já que ele só pensava nisso, muito mais do que nos bilhões que sempre estiveram atrelados ao seu nome. “Ele foi o último dos grandes [colecionadores]”, disse o historiador americano Glenn Lowry à CNN. (Por Anderson Antunes)

“Fillette à la corbeille fleurie”, de 1905, assinado por Picasso: lance inicial de US$ 90 milhões (R$ 308,7 milhões) || Créditos: Reprodução

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