Autora de “Só as Magras e Jovens são Felizes”, Nanna de Castro desabafa…

A mineira Nanna de Castro: as delícias e loucuras de ser mulher

Por Thayana Nunes

Com formação em psicologia, a escritora, roteirista, publicitária e mãe de trigêmeos  Nanna de Castro lança o livro de crônicas do cotidiano “Só as Magras e Jovens são Felizes”. Se você é mulher, mãe, esposa, já passou dos 40 e está cansada do politicamente correto não pode deixar de ler. Glamurama conversou com a autora. Eis o bate-papo.

– Por que o título “Só as Magras e Jovens são Felizes”? “Foi o nome de um texto que publiquei. Fez tanto sucesso que decidi usar. Estou cansada do politicamente correto. A gente envelhece. Não consegue segurar o tempo. Despenca mesmo.”

– Você usa um heterônimo, Senhorita Safo. Por quê? “Criei o blog em 2008, em que eu posso falar de tudo o que quero. Nunca tinha divulgado meu nome e as pessoas compraram a brincadeira. Falavam que eu tinha coragem de falar as coisas que todas queriam dizer.”

– Como o que, por exemplo? “São textos provocativos. Como se fosse um diário sobre reflexões do que aconteceu durante o dia: trânsito, marido, filhos. Uma vez brinquei que tenho uma amiga que enfartou. Ela é uma representante feminina até na hora de enfartar.”

– E como você se define como mulher? “Fiz milhões de terapias, tenho 45 anos. Tive síndrome do pânico quando ninguém nem falava sobre isso. Escuto o dia inteiro sobre como uma mulher tem que ser. Vivia culpada, com uma arma na cabeça, sobre regime, casamento perfeito. Tudo bem a mídia fazer isso com a gente, mas a gente não pode fazer isso com a gente mesmo.”

– E mudou com o tempo, certo? “Comecei a compreender como viver melhor e sofrer menos. Mas o livro é um desabafo, não sou a Madre Tereza. Acho que vou ajudar minhas sobrinhas a não passarem pelo que passei.”

– O livro vai parar no teatro? “Vai! No segundo semestre. Convoquei as atrizes Cecília Homem de Mello, Nany di Lima, Marilene Grama e Luiza Heleni. Vai ser no estilo ‘Monólogos da Vagina”.

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