‘Ativista verde’, Zuckerberg emitiu mais de 250 toneladas métricas de carbono com seu jatinho em 2 meses

Foto: Getty Images

Integrante do time dos bilionários moderninhos e que seguem uma linha mais “cool” no que diz respeito ao uso de suas fortunas, e que preferem apoiar financeiramente causas do bem ao invés de manter em suas garagens uma La Ferrari, o modelo mais caro da escuderia e montadora de carros italiana que lhe dá nome, Mark Zuckerberg se tornou persona non grata em uma das panelinhas que mais curtia frequentar: a dos ativistas contra o aquecimento global – uma luta para a qual o cofundador, maior acionista e CEO da Meta, a holding que controla o Facebook, WhatsApp, Instagram e Oculus VR, já doou milhões, por sinal.

E a razão da discórdia é a descoberta recente de que o membro do clube dos dez dígitos de 38 anos é dono de um superjatinho Gulfstream G650, o mais cobiçado entre os fabricados pela empresa de aviação americana Gulfstream, que tem a turma do ativismo verde entre seus maiores inimigos. O brinquedo aéreo de Zuck, que custa entre US$ 64,5 milhões (R$ 332,8 milhões) e US$ 70 milhões (R$ 361,2 milhões) em valores de tabela, foi visto semanas atrás em um aeroporto particular próximo de Palo Alto, na Califórnia, onde fica a seta da gigante das redes sociais, e através de seu código de identificação (N68885) foi possível localizar que seu proprietário é o jovem bilionário, atualmente a 15ª pessoa mais rica do mundo com uma fortuna de US$ 47,2 bilhões (R$ 243,5 bilhões).

Zuckerberg não apenas doou dinheiro para os defensores do meio ambiente no passado como também já fez discursos públicos os defendendo e também seus objetivos. Em um discurso que fez na Universidade Harvard, dos Estados Unidos, em 2017, ele chegou a sugerir que os superricos abrissem mão de certos luxos nada eco-friendly e se empenhassem mais em ajudar a aumentar a produção de painéis solares para a produção de energia limpa. A propósito, o excêntrico empresário fez 28 viagens a bordo de seu G650 entre os dias 15 de agosto e 15 de outubro desse ano, consumindo US$ 158.448,00 (R$ 817,6 mil) em combustível, emitindo com sua aeronave mais de 253 toneladas métricas de carbono somente nesse período de dois meses, um total que equivale a 15 vezes a pegada de carbono anual de um cidadão americano médio.

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