Houve uma época em que as maisons europeias dominavam os grandes tapetes vermelhos do mundo. Chanel, Armani, Versace, Valentino, Armani, Dior e ponto. Nos últimos anos esse cenário foi mudando. Primeiro houve uma invasão de estilistas libaneses liderada por Elie Saab, que na verdade é baseado em Paris, seguido por Zuhair Murad, Elie Madi e Ashi Studio, só para citar alguns. Na mesma onda chegaram as russas Ulyana Sergeenko e Yanina Couture, o indiano Bibhu Mohapatra e brasileiros como Martha Medeiros, Maison Alexandrine e Fabiana Milazzo. Democracia total e todos loucos pela visibilidade que as cerimônias deste porte representa.
A moda americana também segue conquistando seu espaço, sobretudo liderada pela Calvin Klein e pelo texano Brandon Maxwell, o queridinho de Lady Gaga, mas não na proporção desejada, já que os EUA são palco das maiores premières e premiações.
Para tentar reverter esse quadro, o CFDA – Associação dos Estilistas Americanos – acaba de inaugurar em Los Angeles um showroom que vai funcionar no esquema pop up até 3 de março, um dia antes da cerimônia do Oscar 2018.
O objetivo é atrair stylists das estrelas de Hollywood e apresentar nomes emergentes da moda, como Brock Collection, Brother Vellies, Chloe Gosselin, Christian Siriano, Cushnie et Ochs, David Hart, Fleur du Mal, Jennifer Fisher, Juan Carlos Obando, Rosie Assoulin, Sachin & Babi e Tome. Muitos deles nem RP têm.
Acontece que o CFDA pode estar cometendo uma gafe sem perceber. Como é possível notar nas fotos de divulgação, as araras da pop up estão lotadas de vestidos coloridos e nada de preto, cor que vem sendo adotada com força pelas divas do cinema em solidariedade aos movimentos “Time’s Up” e #MeToo.