Justin Bieber lotou seu show essa quarta-feira na Apoteose, no Rio, em uma plateia basicamente só de meninas – crianças e adolescentes – e suas mães compreensivas. Pouquíssimos pais e meninos. Cenário de histeria coletiva do tamanho da fama do artista – o que faria o coração de qualquer pop star bater mais forte. Mas não foi essa a impressão que Justin causou no Glamurama, não.
Atitude blasé, muito carão, muita pose de marrento, pouquíssima interação com o público para uma apresentação desse porte, só com frases feitas, ditas de forma linear, com zero emoção – e em inglês. “Vocês estão se divertindo? Vocês tem muito carisma, uma energia incrível”. Não, ele não fez aquele esforço simpático quase obrigatório entre atrações gringas de se arriscar no português em uma palavra ou outra. Também não estampou um sorriso largo no rosto para as milhares de fãs. Parece até que não suou. Só saiu do roteiro ao falar “que refrescante essa chuva nesse momento”, já no final da noite. Sim, teve o clichê de se enrolar na nossa bandeira, feito de forma mecânica, assim como quando recebeu quatro meninas da plateia no palco [parte do script]. Resumindo: foi um show tipo superprodução, com pirotecnia, videos bacanas, estruturas de ferro que o faziam subir e descer. Começou pontualmente, sem confusão na entrada – e na saída -, seguiu o setlist à risca. Tudo corretinho. Mas nada, nada mesmo, de espontaneidade, alegria… Justin veio “bater ponto” – e só.
De qualquer forma, a garotada parecia não se importar, curtindo todos aqueles hits um atrás do outro. “Love Yourself”, que sumiu em uma versão acústica com ele sentado num sofá, “Company”, “As Long As You Love Me”, “What Do You Mean”, “Baby” e “Sorry”. Mas as mamães estavam todas incomodadas com o playback descarado. E para ninguém falar que é intriga da oposição, play no video aqui embaixo, glamurette! Siga o microfone… (por Michelle Licory)
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