Falta pouco mais de uma semana para a estreia de um dos filmes mais aguardados do ano – “Guerra nas Estrelas: O Último Jedi” – e desde já a produção sofre pressões de todos os lados não somente por causa da bilheteria multimilionária que está em jogo (superproduções desse quilate raramente entram para o time dos sucessos quando arrecadam menos que US$ 400 milhões/R$ 1,32 bilhão com a venda de ingressos), mas também porque esta será a última chance de Hollywood não encerrar o ano com um faturamento bem abaixo do registrado nos doze meses anteriores, algo que não acontecia desde 2014.
Isso porque até agora a renda total dos longas exibidos nos cinemas só dos Estados Unidos desde 1º de janeiro totalizou US$ 9,87 bilhões (R$ 32,6 bilhões), menos do que os números registrados no mesmo período de 2016 e no total acumulado do ano, que foi de US$ 11,38 bilhões (R$ 37,6 bilhões). Mesmo ainda faltando algumas semanas para a chegada de 2018, é preciso lembrar que as produções com maior potencial de bilheteria são lançadas no hemisfério norte entre junho e setembro, quando é verão lá, época em que as pessoas vão mais ao cinema. Nesse caso, o novo capítulo da saga criada por George Lucas – que hoje pertence à Disney – terá poucos dias para consertar o “estrago”.
Os motivos por trás da queda são vários, principalmente quando se lembra que 2017 foi um ano atípico na terra do cinema, com o estouro de vários escândalos sexuais envolvendo poderosos que acabaram resultando no cancelamento de muitos projetos. A Netflix e outras produtoras de conteúdo de streaming também são responsáveis pela redução no número de pessoas nas salas de cinema.
Além do próximo “Guerra nas Estrelas”, os longas com temática natalina também têm chances de reverter o “prejú” de Hollywood. No fim das contas, o que vale mesmo é a qualidade dos roteiros até porque, segundo a “Variety” 2017 deverá entrar para a história do cinema por outro motivo: uma quantidade sem precedentes de superproduções lançadas neste ano foi massacrada pela crítica especializada, o que prova que efeitos especiais e gastos sem limites não são garantia de bilheteria. (Por Anderson Antunes)
*
Abaixo, confira a galeria com as 10 maiores bilheterias do ano nos cinemas dos Estados Unidos: