Artistas, galeristas, músicos e cineastas fazem coworking em lugar cool

O silêncio da cidade do interior impera e só é possível escutar o barulho dos pássaros ou a folia dos blocos de Carnaval, no início do ano || Créditos: Gui Morelli

Desenho, moda, literatura e muita arte compõem esse coworking com anfitriões estrelados, em São Paulo

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Por Thayana Nunes para J.P de Junho || Fotos Gui Morelli

Um zum-zum-zum numa rua meio escondida entre as vilas Madalena e Beatriz, em São Paulo, chama a atenção. Por ali, um charmoso sobrado com verde de sobra recebe todo tipo de gente atrás de uma vida mais criativa. São artistas, galeristas, músicos e cineastas que se revezam o dia todo no espaço, um coworking dos bons que reúne o estúdio da marca de pijamas Early Bird, de Dulce Horta, uma sala onde a escritora Noemi Jaffe dá aula de escrita criativa e o jornalista Cadão Volpato fala sobre contos, e o ateliê de trabalho da artista visual e poeta Lenora de Barros.
A casa pertence a Zaba Moreau, também artista plástica e ex-mulher do músico Arnaldo Antunes. Foi ela que teve a ideia de convocar essa trupe para compor o que queria, a princípio, chamar de Casa Bem-Te-Vi. O nome não pegou, mas o espaço, aberto há dois anos, sim. Sem fachada, site ou perfil nas redes sociais, ficou conhecido entre os culturetes no boca a boca e sempre recebe encontros animados e cursos temporários. Às segundas, por exemplo, a pintora Maria Andrade convida para uma noite de desenho e, uma vez por semana, o escritor João Bandeira fala sobre arte e literatura. Neste mês, o premiado português Gonçalo Tavares foi convidado para realizar uma oficina de escrita.

Uma vez lá dentro, o silêncio de cidade do interior impera e só é possível escutar o barulho dos pássaros ou a folia dos blocos de Carnaval, no início do ano. A rua tem algo das vilinhas do Rio de Janeiro, com suas casas geminadas, o sacolão na esquina, a feira uma vez na semana, o ateliê de cerâmica logo em frente, a vizinha costureira, as crianças indo a pé para a escola… Tem clima melhor para colocar asas à imaginação?

 

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